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Puigdemont prepara fórmula para ter governos em Barcelona e Bruxelas

Partidos independentistas vão reunir-se esta segunda-feira em Bruxelas, numa reunião onde estará presidente o líder do Juntos pela Catalunha, Carles Puigdemont, que continua confiante na investidura como presidente da Generalitat. De acordo com o La Vanguardia, está em cima da mesa uma proposta que passa pela formação de dois governos, com o intuito de investir, via Assembleia dos Eleitos, Puigdemont.

Puigdemont prepara fórmula para ter governos em Barcelona e Bruxelas
Notícias ao Minuto

11:42 - 05/02/18 por Pedro Bastos Reis

Mundo Catalunha

Os partidos independentistas catalães vão reunir-se esta segunda-feira, em Bruxelas, para discutir a investidura de Carles Puigdemont como presidente da Generalitat (governo catalão).

De acordo com o La Vanguardia, que cita fontes próximas do processo negocial, poderá estar em curso uma fórmula para “legitimar” um governo em Bruxelas ao mesmo tempo que estará em funcionamento uma presidência “operativa” em Barcelona.

Uma solução deste género já tinha sido sugerida no final da semana passada por Oriol Junqueras, líder da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), detido em Espanha, que sugeriu combinar um governo legítimo à distância, em Bruxelas, e um executivo efetivo, em Barcelona.

Depois de ter adiado sem data definida a sessão de investidura do novo governo catalão, na passada terça-feira, a Catalunha ficou num impasse, uma vez que Puigdemont continua a ser o candidato proposto pelos três partidos independentistas (Juntos pela Catalunha, ERC e Candidatura de Unidade Popular (CUP), intenção que esbarra no Tribunal Constitucional, que não permite a tomada de posse à distância.

Nesse sentido, a ERC, que já chegou a equacionar a hipótese de “sacrificar” Puigdemont, parece estar a apostar numa via legal para formar novo governo, daí a solução apresentada por Junqueras. No entanto, o Juntos pela Catalunha parece querer ir mais longe e, defendendo essa ideia, pretende que a investidura do governo “legítimo” seja feita através da chamada Assembleia de Eleitos, um órgão criado em 2016 para ajudar o processo independentista, onde se reúnem os deputados, presidentes de câmara e conselheiros.

O Juntos pela Catalunha pretende conseguir um governo reconhecido, legítimo e com poderes em Bruxelas, e outro operativo na Catalunha, que permita recuperar a autonomia e o controlo sobre as instituições, pondo fim à aplicação do artigo 155.

Assim sendo, seria investido, em Barcelona, um presidente sem quaisquer problemas com a justiça, para existir, posteriormente, uma investidura de Puigdemont em Bruxelas, que não seria investido pelo parlamento, mas sim pela Assembleia de Eleitos.

Esta fórmula estará em discussão durante as reuniões desta segunda-feira, não estando confirmado que obterá o apoio de todos os partidos separatistas.

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