Juízes Rui Rangel e Fátima Galante vão ser inquiridos no Supremo
Os juízes desembargadores Rui Rangel e Fátima Galante foram hoje constituídos arguidos no âmbito da operação Lex e vão ser inquiridos no Supremo Tribunal de Justiça, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
© Lusa
País Operação
A PJ deteve hoje cinco pessoas e constituiu vários arguidos numa operação a nível nacional para confirmar a eventual prática dos crimes de corrupção, recebimento indevido de vantagem, branqueamento, tráfico de influências e fraude fiscal qualificada.
Esta operação, denominada Lex, foi realizada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) e decorreu no âmbito de um inquérito que corre termos no Supremo Tribunal de Justiça, coadjuvado pelo Departamento Central Investigação e Ação Penal.
Em comunicado, a Polícia Judiciária adianta que durante a operação foram realizadas trinta e três buscas, sendo vinte domiciliárias, três a escritórios de advogados, sete a empresas e três a postos de trabalho.
Fonte da PJ disse à Lusa na manhã de hoje que as buscas realizadas incluíam a casa e o gabinete do juiz desembargador do Tribunal de Relação de Lisboa Rui Rangel, a SAD do Benfica, a casa do presidente do clube, Luís Filipe Vieira, assim como residências da ex-mulher de Rui Rangel, a juíza Fátima Galante, do advogado José Sousa Martins e do seu filho.
No comunicado, a PJ refere que entre os detidos (quatro homens e uma mulher) estão dois advogados e um oficial de justiça, e constituídos vários arguidos.
O advogado João Correia, mandatário de Luís Filipe Vieira, disse hoje que este não foi constituído arguido, mas admite essa possibilidade.
Rui Rangel e Fátima Galante terão se ser ouvidos no Supremo Tribunal de Justiça por serem juízes desembargadores.
Em outubro de 2016, o Conselho Superior de Magistratura instaurou um inquérito ao juiz desembargador Rui Rangel, no âmbito do processo "Rota do Atlântico", depois de a Procuradoria ter também aberto uma investigação com origem numa certidão do processo "Rota do Atlântico".
Este inquérito, segundo o Conselho Superior de Magistratura, ainda decorre.
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