PAN quer travar louça descartável de plástico na restauração
A proposta irá ser apresentada na Assembleia da República.
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Política Parlamento
O PAN pretende pôr fim à utilização de louça descartável de plástico em alguns setores da restauração e leva o tema a debate na próxima sexta-feira, dia 2 de fevereiro.
Em causa estão todos os “utensílios utilizados apenas uma vez no consumo de refeições, nomeadamente pratos, tigelas, copos, colheres, garfos, facas, palhinhas e palhetas de café”, para que não haja um consumo excessivo de plástico.
Deste modo pretende-se que “refeições e bebidas que se destinem ao consumo no próprio estabelecimento ou áreas afetas devem ser servidas em louça reutilizável”, sendo que os “take-aways, meios hospitalares fora das cantinas e bares e meios de transporte aéreo ou ferroviário são exceções por questões de segurança e de operacionalidade”.
O partido representado por André Silva na Assembleia da República quer que as novas medidas sejam colocadas em prática no período de “um ano”. Para além destas questões, “o PAN defende também a proibição de produção e comercialização de detergentes e cosméticos que contenham microplásticos”.
O PAN acredita que “são necessários passos consistentes no sentido de alterar os padrões de consumo e de reduzir drasticamente a produção e o consumo de plástico”, para que exista “solidariedade intergeracional” e uma “utilização criteriosa dos recursos naturais”.
“Valores médios dos últimos anos indicam que apenas 30% do lixo produzido em Portugal é reciclado, sendo o restante incinerado ou aterrado, com as enormes implicações ambientais que acarreta. Várias empresas e profissionais especializados têm vindo alertar publicamente para a impossibilidade de Portugal cumprir as metas de 2020 de forma generalizada, uma vez que a produção de resíduos tem vindo a aumentar”, explica o partido e comunicado.
O PAN ressalva ainda que, segundo dados da Comissão Europeia, “na União Europeia entram anualmente no oceano entre 150 mil a 500 mil toneladas de plástico [que] acabam por se acumular em zonas vulneráveis tais como o Mar Mediterrâneo ou o Oceano Ártico”.
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