Facebook reconhece problemas e admite que também prejudica a democracia
Responsável pelo envolvimento cívico reconheceu alguns dos problemas do Facebook, como a interferência de países estrangeiros ou a falta de representação, que prejudicam a democracia.
© iStock
Tech Samidh Chakrabarti
A introspeção continua no seio dos dirigentes do Facebook e 2018 promete mesmo ser um ano de mudanças dentro da rede social mais famosa do mundo.
Depois de ter anunciado que vai passar a privilegiar órgãos noticiosos “de confiança” para “combater o sensacionalismo”, o Facebook, pela voz de Samidh Chakrabarti, responsável pelo envolvimento cívico, fez uma análise relativamente ao papel da rede social na democracia.
“Qual o efeito das redes sociais na democracia?”, começou por questionar Chakrabarti, para depois reconhecer que o Facebook, tal com ao internet, pode ter efeitos negativos na democracia.
“Apesar de ser um otimista de coração, não sou cego perante os danos que a internet pode causar até a uma democracia em bom funcionamento”, admitiu, para depois reconhecer alguns dos problemas. “Um número sem precedentes de pessoas canalizam a sua energia política através deste meio, que está a ser usado de formas imprevistas com repercussões sociais que não antecipámos”.
Reconhecendo que o Facebook não tem solução para todos estes problemas, Chakrabarti identificou algumas das questões fraturantes como a ingerência de países estrangeiros para influenciar os conteúdos da rede social, dando o exemplo da Rússia, as notícias falsas, o facto de grande parte dos utilizadores apenas procurar informação que vá ao encontro das suas ideias políticas, o assédio político ou a desigualdade na participação
Para todas estas questões complexas, o responsável pelo envolvimento cívico do Facebook garante que a rede social continua a procurar soluções, consciente dos perigos que muitos dos problemas são bastante prejudiciais para a democracia.
"Gostaria de garantir que os aspetos positivos estão destinados a superar os negativos, mas não posso. É por isso que temos o dever moral de entender como estas tecnologias estão a ser utilizadas e o que poderá ser feito para tornar comunidades como o Facebook representativas, civis e de confiança”, terminou.
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