Operação Fizz: Portugal "não podia ficar eternamente à espera de Angola"
Miguel Sousa Tavares considera que a separação do processo de Manuel Vicente é a "decisão correta".
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Política Sousa Tavares
O primeiro dia do julgamento da Operação Fizz ficou marcado pelo pedido do Ministério Público, aceite pelo Tribunal, para que haja a separação do processo ex-vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente.
Para Miguel Sousa Tavares, esta separação “era a decisão esperada”, assim como a “decisão correta”, uma vez que, diz o comentador, Portugal não podia ficar “eternamente” à espera da justiça angolana.
“Era a decisão esperada e parece-me a decisão correta, porque o tribunal não podia ficar eternamente à espera que Angola se decidisse em notificar Manuel Vicente, coisa que podia não acontecer. [Angola] não o fez até agora e não mostra qualquer intenção de o fazer. Portanto, a justiça ficava suspensa à espera de uma decisão unilateral de um estado estrangeiro, e isso não podia acontecer”, afirmou o comentador no seu espaço de comentário semanal no Jornal da Noite da SIC.
Consumada a separação, Sousa Tavares considera que o processo do ex-’vice’ de Angola pode seguir por duas vias: “ou o processo de Manuel Vicente é julgado à parte em Portugal ou então é mandado para Luanda tudo o que diga respeito a Manuel Vicente”, que, nas palavras do escritor, é o “ausente mais presente deste julgamento”, de quem também fazem parte o ex-procurador Orlando Figueira, o advogado Paulo Blanco e o empresário Armindo Pires.
“Manuel Vicente não está a ser julgado à revelia, mas vai ser o ausente mais presente deste julgamento. Portanto, o Ministério Público de certeza que vai estar atento, como lhe compete, e tudo o que se referir a Manuel Vicente mandará extrair certidão, que será junto a outro processo, que depois ficará aqui ou será enviado para Angola”, rematou.
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