"Medidas que se traduziram em avanços tiveram a iniciativa do PCP"
Secretário-geral do Partido Comunista denunciou o "fortalecimento do poder do capital monopolista" e realçou a importância do partido nas medidas que permitiram a "elevação das condições de vida" do país.
© Global Imagens
Política Jerónimo de Sousa
Jerónimo de Sousa reafirmou, este domingo, a importância do Partido Comunista Português (PCP) na “nova fase da política portuguesa”, considerando que o partido teve o ‘dedo’ em todas as medidas importantes, como a reposição de rendimentos e de direitos, dos últimos dois anos. No entanto, deixou também o aviso ao PS, garantindo o combate à “política de Direita” e ao bloco central.
No final de uma reunião do Comité Central do PCP, na sede do partido, em Lisboa, o secretário-geral comunista falou na conferência de imprensa, fazendo um balanço da reunião e das prioridades do partido nos próximos tempos.
Começando por referir o impacto da “destruição de direitos, a abdicação da soberania nacional e o fortalecimento do poder do capital monopolista” na “situação atual”, Jerónimo de Sousa denunciou os “problemas estruturais profundos” do país “amarrado a imposições supranacionais e à estratégia de exploração e acumulação capitalista”.
Depois, denunciou o “domínio monopolista dos setores estratégicos da economia”, referindo os casos da PT e dos CTT como “a face mais visível [que] conduziram a uma crescente degradação de serviços públicos prestados”.
“Os serviços públicos continuam a braços com a falta de trabalhadores, de equipamentos, de investimento na sua manutenção e reforço. A situação vivida na saúde ou nas empresas públicas de transportes não encontra resposta exigível”, acusou.
“Nova fase da vida política nacional” e os recados ao PS
De seguida, o secretário-geral do PCP destacou o contributo dos comunistas nestes mais de dois anos de Governo do PS, falando numa “nova fase da vida política nacional” que “põe em evidência três importantes questões”, nomeadamente a distribuição dos deputados na Assembleia da República, a “derrota” do “ataque a direitos” e o “papel insubstituível do PCP”.
“O que se decide em eleições legislativas não é a escolha do primeiro-ministro, mas sim a eleição de deputados e da sua distribuição na Assembleia da República. Segundo, a derrota imposta à tese que apresentava o caminho do ataque a direitos e à intensificação da exploração como a única política possível do país. Por fim, a importância decisiva do reforço do PCP e do papel insubstituível que desempenha por uma política que dê resposta aos problemas nacionais”, enumerou.
Não deixando de acusar o bloco central de pretender “intensificar a exploração e retomar de liquidação de direitos”, Jerónimo de Sousa apontou baterias ao PS, considerando que as “todas medidas que se traduziram em avanços e passos na elevação das condições de vida, tiveram a iniciativa, a persistência e a contribuição do PCP”
“Os avanços alcançados que um governo do PS, noutras circunstâncias não adotaria, como aliás nunca antes adotou, mostraram o valor determinante da influência do PCP e da sua intervenção para assegurar a defesa e valorização dos direitos e do povo”, rematou.
Nesse sentido, garantiu que o PCP continuará disponível para soluções políticas que pretendam “a elevação das condições de vida dos trabalhadores e do povo”, bem como para lutar “pela rutura com a política de Direita, e impedir que ela prossiga seja pela ação do PSD e do CDS, seja pela ação do PS sozinha ou não, e construir uma política alternativa”.
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