Ciclo sobre universo da coreógrafa Tânia Carvalho estreia no Maria Matos
Um ciclo sobre os vinte anos do universo criativo da coreógrafa Tânia Carvalho, que cruza a dança, a pintura e o cinema, vai ter início hoje, no Maria Matos Teatro Municipal, em Lisboa, com 'Icosahedron'.
Cultura Espetáculo
O espetáculo está previsto para as 21:30, e repete na sexta-feira, segundo a programação também prevista para decorrer nos teatros São Luiz e Camões (Companhia Nacional de Bailado), que se associam para celebrar este percurso, apresentando um programa interdisciplinar do trabalho da criadora.
O ciclo inclui peças já apresentadas, como '27 Ossos', a 03 e 04 de fevereiro, no Teatro São Luiz, e a estreia do filme coreografado 'Um Saco e uma Pedra', musicado por Diogo Alvim.
Reúne ainda uma criação recente com o Grupo Dançando com a Diferença, o projeto participativo Movimentos Diferentes, e uma nova criação para a Companhia Nacional de Bailado.
'De Mim Não Posso Fugir, Paciência!' estará no São Luiz, a 31 janeiro e 01 de fevereiro, 'Um Saco e uma Pedra - peça de dança para ecrã', no Maria Matos, a 06 de fevereiro, 'Movimentos Diferentes', na Biblioteca de Marvila, a 10 de fevereiro.
Será ainda apresentado 'Doesdicon', com o Grupo Dançando com a Diferença, no Teatro Maria Matos, a 15 fevereiro, e, com a Companhia Nacional de Bailado, a nova criação 'Olhos Caídos + S' e 'A tecedura do Caos', no Teatro Camões, entre 22 de fevereiro e 04 de março.
Nascida em Viana do Castelo, em 1976, Tânia Carvalho iniciou os estudos de dança na cidade natal. Na década de noventa, prosseguiu estudos artísticos na Escola Superior de Arte e Design das Caldas da Rainha, na Escola Superior de Dança de Lisboa e no Fórum Dança.
As suas primeiras criações nos domínios da coreografia foram 'A Corte' e 'Inicialmente Previsto', ambas apresentadas no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, esta última distinguida com o Prémio Jovens Criadores 2000, tendo sido apresentada em Sarajevo em julho do ano seguinte.
É autora de várias bandas sonoras das suas próprias coreografias, como por exemplo a de 'Como Se Pudesse Ficar Ali Para Sempre' (2005), e também a de 'Síncopa' (2013). Outras peças atravessam outras artes, como a pintura, em 'Xilografia' (2016), pelo expressionismo e pela memória do cinema em '27 Ossos'.
'Icosahedron' venceu o prémio de melhor coreografia da Sociedade Portuguesa de Autores, em 2011.
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