Os raptos mais famosos da história: onde estão agora?

As notícias de pessoas raptadas inundam todos os anos os noticiários e os jornais de todo o mundo. Na maior parte dos casos, a vítimas são crianças que, infelizmente, nunca mais voltam a ser vistas pelos familiares.Existem, no entanto, casos de sucesso, em que os sequestrados conseguiram escapar ou foram encontrados vários anos depois. Conheça através da galeria algumas das histórias, umas mais felizes do que outras, e conheça também aqueles que agora conseguem levar uma vida ‘normal’.

© Getty Images/ Bruno Press

Caso Jaycee Lee Dugard

Em 1991 uma jovem de 11 anos foi sequestrada em frente ao seu pai quando estava a entrar no autocarro escolar. Jaycee Lee Dugard foi mantida em cativeiro durante 18 anos.

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Os criminosos?

Philip Garrido e Nancy Garrido foram as pessoas que sequestraram Jaycee em 1991 e a mantiveram durante 18 anos a viver no quintal de uma casa que ficava a 321 Km do seu lar de infância. Jaycee Lee Dugard foi abusada e violada durante todo esse tempo, tendo mesmo dado à luz duas meninas fruto dos abusos sexuais que sofria.

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Como escapou?

Philip Garrido, o sequestrador, tinha de se apresentar regularmente à polícia por estar em processo de liberdade condicional por um crime de violação que havia cometido e 1977. No dia 26 de agosto de 2009, Garrido teve de se apresentar na esquadra da polícia e levou consigo a sua mulher e Jaycee com as suas duas filhas. Os polícias repararam em algo suspeito no rosto pálido e assustado das meninas que na altura tinham 13 e 16 anos e Garrido e a sua mulher foram detidos no local.

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Atualmente

Jaycee Lee Dugard tinha 29 anos quando escapou das mãos de Garrido e atualmente tem 37 anos. Ela tenta viver uma vida normal depois dos 18 anos de terror e já escreveu mesmo alguns livros sobre o período de tempo em que a sua infância lhe foi roubada. As suas filhas vivem também uma vida normal e Jaycee chegou mesmo a admitir a uma entrevista à ABC News que não impediria as filhas de verem o pai se elas assim o quisessem, mas que tal nunca aconteceu.

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Caso Elizabeth Smart

Em 2002, em Salt Lake City, Elizabeth Smart de 14 anos foi retirada do seu quarto à força, arrastada pela floresta e mantida em cativeiro amarrada a uma árvore durante nove meses de terror.

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O culpado?

Tudo isto aconteceu pelas mãos de um fanático religioso chamado Brian David Mitchell e a sua mulher, Wanda Barzee que assistiu a todos os abusos e torturas realizadas à menina.

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Como escapou?

Depois de nove meses sequestrada, um ciclista ligou para a polícia quando viu a forma suspeita como Brian David Mitchell, a sua mulher e Elizabeth Smart passeavam na rua. Os polícias conseguiram identificar a jovem e Mitchell e Barzee foram detidos.

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Atualmente

Elizabeth Smart já falou sobre o seu rapto a vários órgãos de comunicação e conta que na altura, apesar de estar viva depois do que lhe tinha acontecido, ela não estava verdadeiramente a viver e ficou apenas uma pessoa que não era. Contudo, Elizabeth é atualmente uma ativista, e autora de vários livros que contam a sua história de terror durante os nove meses.  Ela decidiu seguir as palavras sábias da sua mãe, como revelou ao usnew.com e castigar o seu raptor da melhor forma possível: conseguindo ser feliz.

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Caso Patty Hearst

Patty Hearst tornou-se um nome famoso em 1974. Neta do magnata William Randolph Hearst, Patty foi raptada pelo Exército Simbionês de Libertação e terá sofrido uma lavagem cerebral.

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Exército Simbionês de Libertação

Os culpados pelo sequestro de Patty Hearst eram uma organização revolucionária de ideais marxistas dos Estados Unidos que foram responsáveis por vários assassinatos, assaltos a bancos e outros crimes. Contudo, o seu crime mais conhecido, foi mesmo o sequestro e a lavagem cerebral que conseguiram fazer a Patty Hearst.

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Síndrome de Estocolmo

O sequestro de Patty chegou ao fim quando ela foi presa por ter cometido um assalto a um banco. Mais tarde, a sua atitude foi perdoada pelo presidente Jimmy Carter e vista como Síndrome de Estocolmo - algo que acontece quanto a vítima sente empatia pelo seu sequestrador.

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Atualmente

Patty Hearst casou-se em 1979 com Bernard Shaw, o seu ex-guarda-costas e juntos têm duas filhas. Além disso, seguiu uma carreira como atriz, tendo participado em vários filmes e séries. Hearst é a herdeira do império jornalista deixado pelo seu avô.

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Caso Sabine Dardenne

Quando se dirigia para a escola de bicicleta em Tournai, na Bélgica, no dia 28 de maio de 1996, Sabine Dardenne de apenas 12 anos, foi raptada e levada para uma casa em Marcinelle onde ficou em cativeiro durante 80 dias.

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O raptor

Marc Dutroux foi o homem que em conjunto com um cúmplice sequestrou a jovem e a deixou amarrada a uma cama com uma corrente no pescoço tendo passado a maior parte do tempo num esconderijo na cave da casa. Ele conseguiu convencer Sabine de que os seus pais não a queriam ver e que não iam pagar pelo seu resgate.

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Depois dos 80 dias

Quando Sabine foi raptada uma testemunha conseguiu escrever a matrícula do carro onde Marc a levou. A polícia Belga conseguiu ao fim de 80 dias descobrir o carro e deter o raptor. Marc Dutroux admitiu ter raptado e violado duas raparigas, Sabine e Laetitia Delhez. Os restos mortais de duas outras adolescentes foram encontrados nas propriedades do pedófilo.

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Atualmente

Antes de o caso ir a tribunal em 2004, Sabine admitiu em várias entrevistas que o tempo que havia passado não tinha sido suficiente para apagar as memórias daquilo que lhe tinha acontecido. Pouco se sabe sobre a vida da jovem atualmente, mas em 2005 ela lançou um livro que contava a sua história de terror.

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Caso Elisabeth Fritzl

Elisabeth foi sequestrada pelo próprio pai quando tinha 18 anos. Ele pediu-lhe ajuda para arranjar uma porta no bunker de casa e depois drogou-a e acorrentou-a ao local. Depois disso, a jovem foi obrigada a escrever uma carta supostamente dirigida à sua mãe e pai a explicar que tinha fugido de casa e a pedir para não ser seguida.

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O abusador

Josef Fritzl, pai de Elisabeth, foi o homem que a manteve a viver no bunker durante 24 anos. Ele abusou sexualmente da filha durante todo esse tempo e desses abusos resultaram sete filhos. Um deles terá falecido ainda bebé e Josef acabou por queimar o corpo do menino para não deixar vestígios. Ele ainda ‘adotou’ três das seis crianças ao obrigar a filha a escrever cartas onde descrevia como queria que os seus pais cuidassem dos meninos. Os outros, acabaram por crescer com Elisabeth na cave.

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Como tudo foi descoberto?

Uma das filhas que estava presa na cave adoeceu e precisou de receber atendimento médico. Josef Fritzl levou a menina para o hospital com a desculpa que a tinha encontrado inconsciente na rua. Os médicos e a polícia começaram à procura da mãe da criança e fizeram um apelo nas televisões. Elisabeth, tendo uma televisão na cave, conseguiu ver o apelo e convenceu Fritzl a leva-a ao hospital e assim que lá chegou e garantiu a sua segurança ela contou tudo aos médicos e Josef foi detido.

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Atualmente

Depois de todo este inferno ter acabado, Elisabeth vive agora com os seis filhos numa pequena aldeia austríaca com um namorado. Toda a família tem novos nomes e vive uma vida aparentemente normal.

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Caso Natascha Kampusch

Natascha foi raptada enquanto seguia o seu caminho para a escola no dia 2 de março de 1998 em Viena quando tinha apenas 10 anos. Foi mantida numa cave durante oito anos.

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Sequestrador

O seu raptor chamava-se Wolfgang Priklopil e foi ele que manteve a menina de 10 anos na cave onde a torturava, não a deixava comer e abusava sexualmente dela. O local onde deixou Natascha não tinha janelas e era à prova de som com uma porta reforçada em aço.

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Como escapou?

Durante os anos que passou com o seu sequestrador, a jovem conseguiu ganhar a sua confiança e ter alguma liberdade pela casa, apesar de ser constantemente vigiada.  No do dia 23 de agosto de 2006 Natascha estava no jardim da casa a aspirar o carro de Wolfgang, quando este recebeu uma chamada sobre o barulho do aspirador. Natascha deixou o aspirador ligado e correu para a porta do jardim que estava aberta e conseguiu escapar, tendo pouco tempo depois encontrado uma senhora que ligou para a polícia e a ajudou. Depois de ter percebido que Natascha tinha fugido, o sequestrador cometeu suicídio numa linha de comboio enquanto fugia da polícia austríaca.

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Atualmente

Depois de tudo o que passou, o seu caso tornou-se bastante famoso a nível mundial sendo que a própria escreveu um livro sobre a sua experiência chamado ‘3.096 dias de cativeiro’ que resultou num filme do mesmo nome lançado em 2013. Muitos acreditam que no livro a jovem mostra sinais de Síndrome de Estocolmo e alguma empatia pelo seu raptor.

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Caso Shawn Hornbeck

Quando tinha 11 anos, Shawn foi raptado enquanto andava de bicicleta e terá passado quatro anos em cativeiro apenas a 80 quilómetros da casa onde vivia a sua família.

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O raptor

Michael J. Devlin foi o homem que raptou Shawn e o prendeu e ameaçou de morte se tentasse escapar. O raptor abusava sexualmente do menino e obrigava-o a gravar vídeos de pornografia infantil. Além disso, Michael J. Devlin levava Shawn a vários estados para praticar atos sexuais com outras pessoas.

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Como foi descoberto?

Devlin raptou mais um menino chamado Ben Ownby, contudo um rapaz chamado Mitchell Hults reconheceu a carrinha do raptor e conseguiu avisar a polícia de todos os pormenores do veículo. Quatro dias depois a polícia conseguiu encontrar Ben e, consequentemente, Shawn Hornbeck no apartamento de Devlin.

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Atualmente

Pouco se sabe sobre a vida atual de Shawn, contudo, a sua família terá dado várias entrevistas em 2007 depois de o menino ter sido resgatado e afirmou sempre que Shawn estava muito contente por estar de volta a casa e a recuperar.

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Caso Sequestros de Cleveland

Amanda Berry, Georgina DeJesus e Michelle Knight são as três raparigas que foram raptadas no início dos anos 2000 na cidade de Cleveland no Ohio. Elas tiveram desaparecidas num período entre 9/11 anos.

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O raptor

Ariel Castro foi o homem que em períodos diferente raptou as três raparigas. Michelle Knight desapareceu quando tinha 21 anos em 2002, Amanda Berry com 16 anos em 2013 e Georgina DeJesus em 2004 quando tinha 14 anos. Elas foram vítimas de abusos sexuais constantes, submetidas abortos forçados e amarradas em casa com cordas e correntes sem verem a luz do dia grande parte do tempo. Amanda Berry teve, no entanto, uma criança que nasceu fruto dos abusos de Castro e cresceu nos primeiros anos de vida em cativeiro.

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Como escaparam

Depois do longo período que as três passaram no inferno orquestrado por Ariel Castro as três conseguiram ser libertadas no dia 6 de maio de 2013 quando Amanda Berry, que na altura já tinha 26 anos, aproveitou que o sequestrador não estava em casa e conseguiu gritar e esmurrar a porta para pedir ajuda. Os vizinhos ouviram, chamaram a polícia e, felizmente, tudo acabou bem. Ariel Castro foi preso pouco tempo depois e condenado à pena de morte, acabando por se suicidar na prisão.

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Atualmente

Dois meses depois de terem sido libertadas, as três gravaram um vídeo a agradecer toda a preocupação e doações que lhes foram feitas por pessoas desconhecidas para que conseguissem começar uma nova vida. Amanda e Gina lançaram um livro em 2015 que conta as suas vidas em cativeiro, em conjunto com histórias de duas jornalistas do Washington Post que relatam a investigação ao caso.

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