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"Desta vez vou ter a força que não tive em 2004 quando substituí Barroso"

O candidato a líder do PSD Santana Lopes disse hoje estar convicto de que "desta vez" terá "a força" que não teve em 2004, terá "o voto por sufrágio direto", frisando que conta ganhar as legislativas em 2019.

"Desta vez vou ter a força que não tive em 2004 quando substituí Barroso"
Notícias ao Minuto

05:47 - 13/01/18 por Lusa

Política Santana Lopes

"Eu, desta vez, vou ter a força que não tive em 2004, vou ter o voto por sufrágio universal e direto, o que não aconteceu daquela vez em que tive de substituir Durão Barroso", disse Pedro Santana Lopes, que, de imediato, no último discurso de campanha, retomou o tema que tem marcado o debate com o seu opositor Rui Rio, a questão da viabilização ou não de um Governo socialista.

"Nós não temos medo, nós não nos subjugamos, nós temos orgulho em nós próprios, não temos complexos. Nós não queremos ser um PS b, um PS dois. Nós o PPD/PSD um, já ganhamos recentemente duas eleições Legislativas consecutivas com Pedro Passos Coelho e vamos ganhar a terceira mais tardar em 2019", disse o candidato.

Santana Lopes falava na sessão de encerramento da campanha que teve lugar na Maia, distrito do Porto, num auditório cheio, tendo sido recebido com bandeiras no ar e cartazes com a frase "Unir o partido, ganhar o país", depois de ter estado de tarde em Viseu e de manhã em Lamego, participando em encontros com militantes sociais-democratas.

A sessão também ficou marcada pelos discursos do presidente da câmara local, o social-democrata, António da Silva Tiago, do mandatário concelhio Maia/Porto, António Ambrósio, bem como do líder da distrital PSD/Porto, Bragança Fernandes.

"O António Costa neste momento está a aceder uma vela para que [Rui] Rio ganhe", disse Bragança Fernandes, frase que colheu uma das maiores ovações da noite e foi mencionada no discurso do candidato.

"Isso seria o ideal para António Costa. A partir daqui, ele faria o resto da legislatura com tranquilidade e pensaria 'estou safo, ou governo com a frente de esquerda ou governo com o PPD/PPS que já garantiu que me viabiliza sempre em caso de ser eu a ganhar as eleições sem maioria'", referiu Santana Lopes, num discurso com muitas referências a frases de Sá Carneiro e que rondou os 35 minutos.

Santana Lopes apelou aos militantes dizendo que "há uma escolha a fazer e essa escolha vai determinar a vida do PPD/PSD para muito tempo" e sobre o atual Governo fez uma pergunta: "O que vamos vendo na evolução do Governo de esquerda?".

"Cada vez uma lógica de sobrevivência no poder em que se insultam uns aos outros e continuam a votar a favor uns dos outros, como se não tivessem dito nada dez minutos antes. Se fosse entre nós e o CDS-PP, havia logo um coro nacional a dizer que tínhamos de ir para eleições", respondeu.

Outra das frases que marcou o discurso foi a de que "o Estado existe para servir e não para ser servido", bem como a garantia de que não quer ser eleito para pôr alguém na ordem, porque, disse, adora "a liberdade".

A reta final da intervenção do candidato foi dedicada a Pedro Passos Coelho, líder do PSD que terminará funções e que entretanto também anunciou que renunciará ao mandato como deputado.

"Ele fez parte daqueles poucos, mas alguns líderes do PPD/PSD que incomodam mesmo muito os nossos adversários. Deixem-me escolher estes três. Tenho orgulho em todos, mesmo aqueles que não gostei nada que tivessem sido eleitos (?). Sá Carneiro, Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho. Vejam como Passos Coelho agora até de adversários seus já atingiu a dimensão de estadista", concluiu Pedro Passos Coelho.

Ao lado do candidato - que chegou cerca de 45 minutos depois da hora marcada e à saída não quis responder aos jornalistas, mas brincou sobre o facto de estar em "reflexão" para "escolher em quem votar" hoje - também estiveram na Maia, entre outras caras do PSD, o líder da bancada parlamentar, Hugo Soares, o deputado Carlos Abreu Amorim, bem como o ex-líder parlamentar, Luís Montenegro.

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