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Tunisinos manifestaram-se pacificamente contra subida de preços

Algumas centenas de pessoas manifestaram-se hoje pacificamente contra as subidas de preços na Tunísia, depois de vários dias de tumultos, quando se aproxima o sétimo aniversário da revolução.

Tunisinos manifestaram-se pacificamente contra subida de preços
Notícias ao Minuto

20:34 - 12/01/18 por Lusa

Mundo Revolução

A noite de quinta-feira para hoje foi relativamente calma depois dos tumultos noturnos nos últimos dias em numerosas cidades. Estes problemas são impulsionados por um desemprego persistente apesar do crescimento e de subidas de impostos estrangulando um poder de compra já debilitado por uma inflação significativa.

A mobilização social tradicional com a aproximação do sétimo aniversário da queda do ditador Zine el Abidine Ben Ali em 14 de janeiro de 2011, deposto do poder por uma revolução que pedia designadamente trabalho e dignidade, foi particularmente explosiva este ano, tendo-se traduzido sobretudo em tumultos.

Mas hoje, cerca de 200 manifestantes desfilaram sob chuva no centro de Tunes e mostraram um "cartão amarelo", respondendo ao apelo do movimento "Fech Nestannew (O que é que esperamos)", que iniciou no princípio do ano a contestação contra a subida dos preços.

Na cidade de Sfax (centro), perto de 200 pessoas manifestaram-se sob apertada vigilância, com cartazes onde se podia ler "o dinheiro do povo está nos palácios, e as crianças do povo nas prisões", refere um jornalista da agência AFP.

"Pensamos que um diálogo ainda é possível e as reformas ainda são possíveis. O cartão amarelo é para dizer 'atenção'. É tempo hoje de atacar os verdadeiros problemas: a crise económica, a a carestia de vida, etc (...). Estas mesmas reivindicações pelas que lutamos há anos", declrou à AFP Henda Chennaoui, um responsável do Fech Nestannew.

O Governo, que pouco comunicou nestes últimos dias, ignorou estas reivindicações num comunicado hoje divulgado.

"Não há manifestações, mas bandidos, que têm entre 17 e 21 anos e, por isso, não são atingidos pelo impacto da lei de finanças", disse o porta-voz do primeiro-ministro Mofdi Mseddi. "É uma lei de finanças que mantém os subsídios diretos à população pobre e da classe média e que reforça políticas de emprego para jovens diplomados e desempregados".

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