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ONU diz que Irão não respeitou embargo às armas para o Iémen

O Irão violou o embargo ao armamento imposto pela ONU no Iémen e permitiu que os rebeldes Huthis tivessem acesso a 'drones' (pequenos aviões não tripulados) e mísseis balísticos disparados contra a Arábia Saudita, refere um relatório da organização.

ONU diz que Irão não respeitou embargo às armas para o Iémen
Notícias ao Minuto

19:43 - 12/01/18 por Lusa

Mundo Iémen

Os peritos responsáveis pelo controlo deste embargo "identificaram pedaços de mísseis, relacionados com equipamento militar e 'drones' de origem iraniana e que foram introduzidos no Iémen após a imposição do embargo às armas" em 2015, indicam no seu relatório ao Conselho de Segurança, e ao qual a agência noticiosa France-Presse (AFP) teve acesso.

"Em consequência, o grupo de peritos considera que o Irão não está em conformidade com o parágrafo 14 da resolução 2216" relativa ao embargo às armas, acrescenta o documento.

Sem poder identificar os iranianos que terão estado na origem do fornecimento dos mísseis aos Huthis, os peritos afirmam que o Irão não respondeu de forma satisfatória aos seus pedidos de informação formulados no final de 2017.

Teerão "não adotou as medidas necessárias que permitissem impedir o fornecimento direto ou indireto, a venda ou transferência de mísseis de curto alcance Borkan-2H e reservatórios de oxidante líquido bio-propulsor para os mísseis e 'drones' Ababil-T (Qasef-1) com destino à aliança Huthis-Saleh", numa referência ao ex-Presidente iemenita, precisa o relatório.

Estes 'drones' "são semelhantes na sua conceção" aos dos iranianos fabricados pela empresa Iranian Aircraft Manufacturing Industries, indica o documento.

Estas conclusões dos peritos juntam-se às efetuadas dos Estados Unidos, que no final de 2017 e sob a iniciativa da embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Halley, emitiu acusações de violação do embargo dirigidas a Teerão. Washington afirmou na ocasião que o Irão tinha fornecido mísseis aos rebeldes Huthis.

O Irão tem desmentido qualquer ajuda militar aos rebeldes Huthis que combatem no Iémen o governo refugiado no sul do país. Este governo é apoiado por uma coligação árabe dirigida pela Arábia Saudita e que intervém neste país em guerra desde 2015.

As autoridades iranianas têm apenas admitido um apoio político aos rebeldes iemenitas, de confissão xiita, que controlam o norte e a capital Sanaa.

Os Estados Unidos, apoiados pelos seus aliados ocidentais, têm denunciado desde há vários meses o que consideram a influência negativa de Teerão em diversos conflitos no Médio Oriente, em particular na Síria e Iémen.

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