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Peça de Rui Catalão abre ciclo 'Portugal em vias de extinção' no D. Maria

Um dos objetivos da peça "Jornalismo, Amadorismo, Hipnotismo", que se estreia hoje no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, é saber se é possível encontrar, em ações quotidianas comuns, a matéria que molda a realidade.

Peça de Rui Catalão abre ciclo 'Portugal em vias de extinção' no D. Maria
Notícias ao Minuto

13:40 - 11/01/18 por Lusa

Cultura Teatro

Com direção de Rui Catalão, o espetáculo abre o ciclo "Portugal em vias de extinção", a decorrer no teatro nacional, até março, que integra espetáculos de teatro, dança, concertos, oficinas, conferências e debates.

Sem qualquer formação em jornalismo ou representação, o elenco, composto por doze pessoas, funciona como uma redação, com ideias e materiais a serem discutidos em grupo, com o objetivo de aprender a observar, seguir acontecimentos, comunicar, verbalizar histórias e testemunhos.

Um dos pressupostos para o espetáculo foi fazer com que o elenco levasse para o palco histórias e situações que viveram na realidade. E como a realidade pode ser dura como um penedo, é um penedo que está em palco, constituindo o único elemento cenográfico da peça.

"Não me interessa abalar a sociedade, interessa-me mais falar sobre as realidades individuais, porque com estas também estamos a falar de convenções ou, melhor, de convenções quebradas e ultrapassadas", explicou Rui Catalão.

O elenco conta com Ana Teresa, Beatriz Garrucho, David Silva, Fábio Assunção, Jéssica Ribeiro, Joãozinho da Costa, João Esteves, Raquel do Vale Martins, Rolaisa Embaló, Rui Catalão, Sónia Castro e Tiago Martins.

A cenografia é de Sara Franqueira e os figurinos de Carlota Lagido.

"Portugal em vias de extinção", de acordo com a apresentação do ciclo, tem por objetivo olhar e debater os processos de desertificação de grande parte do território português, a "gentrificação" dos meios urbanos, a impossibilidade de passagem de testemunho de artes tradicionais a novas gerações, o desaparecimento de indústrias que compunham a identidade de comunidades e uma ideia de jornalismo que a assimilação da economia pelo mundo financeiro asfixiam.

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