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Caos em hospitais e escolas? Costa recorda anos de desinvestimento

O PEV denunciou hoje "o caos" no atendimento em alguns hospitais devido ao surto de gripe e também em escolas dentro das quais chove, considerando o primeiro-ministro que depois de anos de desinvestimento infelizmente essas situações existem.

Caos em hospitais e escolas? Costa recorda anos de desinvestimento
Notícias ao Minuto

17:59 - 09/01/18 por Lusa

Política Debate

"Estive ontem na Escola Secundária de Castro Verde e é o caos porque chove dentro da escola. As crianças levam mantas para as salas de aulas para se poderem aquecer. Isto é o caos. Isto precisa de resposta. A edificação das nossas escolas e dos nossos serviços precisa também de reforço financeiro", denunciou a deputada Heloísa Apolónia, numa intervenção no debate quinzenal de hoje, no parlamento.

Na resposta, o primeiro-ministro, António Costa, referiu que todos conhecem, "infelizmente, situações em hospitais, centros de saúde, escolas, esquadras, quartéis, no conjunto dos serviços públicos onde há enormes carências", que vão das instalações, aos equipamentos, passando pelo pessoal.

"Com certeza que ninguém espera que depois de tudo o que o país viveu nos últimos anos e da acumulação de desinvestimento que houve não tivéssemos muitas situações como essas", lamentou.

António Costa perguntou a Heloísa Apolónia se já se tinha esquecido "como foi interrompido o programa de investimento na qualificação das escolas" ou de como o anterior Governo foi "para Bruxelas diabolizar o investimento nas escolas e convencer que no quadro 2020 não devia haver verbas para a requalificação das escolas porque se tinha gasto dinheiro a mais" nessa questão.

A deputada do PEV tinha começado a intervenção por falar sobre a "realidade caótica" que os portugueses encontram atualmente nas urgências devido ao surto de gripe, dando o exemplo de "profissionais completamente arrasados pelas horas contínuas de trabalho" e "corredores lotados de macas".

Heloísa Apolónia perguntou diretamente ao primeiro-ministro "que respostas podem ser dadas para responder a este caos".

Na resposta, António Costa começou por afirmar que aquilo que está a acontecer vai ser uma realidade nos próximos anos porque "mais do que o surto de gripe, aquilo que aumenta significativamente são as infeções respiratórias associadas ao envelhecimento da população".

"Aquilo que descreve como situação caótica é a situação que existe quando num serviço, apesar do reforço que tem vindo a ser feito de enfermeiros, do alargamento dos horários, quando há 20 mil pessoas que aparecem a mais nas urgências, há um ponto de tensão que gera momentos de rutura. Há momentos de pico onde há situações de rutura. Nesses sim são momentos de caos", respondeu.

No entanto, o chefe de executivo ressalvou que não se deve "avaliar o sistema relativamente a situações de pico".

"Não obstante a enorme tensão que tem sido posta sobre o serviço, o serviço tem sido capaz de responder satisfatoriamente", enfatizou.

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