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Muçulmanos são "invasores" e "multiculturalismo é ilusão", diz Orban

Primeiro-ministro húngaro continua a ignorar a pressão europeia, e garante o que seu país não vai acolher refugiados.

Muçulmanos são "invasores" e "multiculturalismo é ilusão", diz Orban
Notícias ao Minuto

16:03 - 09/01/18 por Pedro Bastos Reis

Mundo Hungria

Juntamente com a Polónia, tem sido da Hungria que tem vindo maior hostilidade relativamente aos refugiados e aos migrantes que chegam à Europa, grande parte em fuga de países em guerra, como a Síria ou o Iraque.

Esta terça-feira, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, voltou a atacar os refugiados muçulmanos, considerando-os “invasores”.

Não os vemos como refugiados muçulmanos, mas sim como invasores muçulmanos”, afirmou Orban ao jornal alemão Bild. “Para chegaram à Hungria, têm de passar por quatro países [Turquia, Grécia, Macedónia e Sérvia], nenhum deles tão rico quanto a Alemanha, mas estáveis. Portanto, eles já não estão a correr pelas suas vidas”, acrescentou o primeiro-ministro húngaro, que rejeitou ainda o conceito de multiculturalismo.

“[As comunidades cristãs e muçulmanas] nunca estarão unidas. O multiculuralismo é apenas uma ilusão”, defendeu.

Na mesma entrevista, Viktor Orban reforçou ainda a posição da Hungria de não fazer parte do programa de recolocação de refugiados da União Europeia, ficando assim ao lado da Polónia, que não aceita refugiados no seu país. Questionada sobre a disponibilidade alemã em acolher refugiados, Orban apontou a principal diferença relativamente à Húngria: “Vocês querem migrantes, nós não”.

Apesar das críticas e pressão da União Europeia, a Hungria mantém-se intransigente na sua política de acolhimento de refugiados, apesar de já ter sido, tal como a Polónia e a República Checa, alvo de queixas no Tribunal de Justiça Europeu.

Na semana passada, os primeiros-ministros da Hungria e a Polónia afirmaram, num encontro conjunto, que a política contra a imigração está a ganhar terreno na Europa, elogiando ainda a Áustria, cuja solução governativa resultante das últimas eleições ditou a entrada da extrema-direita no governo.

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