Santa Casa e Montepio? "Acaba em inquérito parlamentar e investigação"
Na antena da SIC, Marques Mendes comentou o negócio da Santa Casa e do Montepio e mostrou não estar de acordo.
© Global Imagens
Economia Marques Mendes
Luís Marques Mendes aproveitou o seu comentário semanal na antena da SIC para recordar o tema da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e do Montepio, deixando um alerta para o caso de o negócio se concretizar.
“Se se concretizar a ideia da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa de comprar 10% do Montepio por 200 milhões de euros, isto vai acabar num inquérito parlamentar e numa investigação judicial e os responsáveis da SCML por esta decisão ainda vão acabar no mínimo suspeitos de gestão danosa. Porquê? Porque o Montepio não vale 2 mil milhões de euros no mercado e 10% não valem 200 milhões”, atirou o social-democrata.
Nesta senda, o comentador defendeu que a Santa Casa “não devia entrar no capital” de um banco, seja ele o Montepio ou outro, até porque essa “não é a sua missão nem vocação”.
Além disso, Marques Mendes reiterou ainda que está em causa um “negócio arriscado” e que pode trazer problemas para a Santa Casa.
Saliente-se que, em entrevista à Antena 1, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, afirmou ter sido ideia de Pedro Santana Lopes o envolvimento da Santa Casa no setor financeiro, enquanto a hipótese de investimento no Montepio foi colocada pelo Governo.
Negociações entre PS e PSD há 20 anos foram "às claras"
Por outro lado, respondendo ao dirigente socialista Jorge Lacão, que na quinta-feira, na Assembleia da República, disse que teve em 1996 e 1997 inúmeras reuniões discretas, "sem atas pelo meio", com o então presidente do grupo parlamentar do PSD, o próprio Marques Mendes, o ex-dirigente social-democrata sustentou que as negociações ocorridas entre o PS e o PSD, no Parlamento, há vinte anos, "foram públicas, feitas às claras e escrutinadas durante meses".
"Não se podem confundir com esta vergonha" do processo que levou às alterações à lei de financiamento dos partidos, sublinhou Marques Mendes. Isto depois de o comentador político ter classificado, já anteriormente, como "vergonhoso" o processo político-parlamentar que conduziu à aprovação das alterações à lei de financiamento dos partidos - um diploma entretanto vetado pelo Presidente da República.
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