"Não concordo que o Estado seja nosso paizinho e nos diga o que fazer"
O fundador do Clube dos Pensadores comenta, esta terça-feira, a decisão do Governo em limitar a venda de produtos com elevado teor de sal e açúcar nos estabelecimentos hospitalares e centros de saúde.
© Divulgação
Política Joaquim Jorge
Joaquim Jorge apoia a decisão do Governo em limitar a venda de produtos prejudiciais à saúde em bares ou cafetarias de hospitais e centros de saúde.
O fundador do Clube dos Pensadores considera que se trata de uma “boa medida com vista a promover a saúde em geral”, até porque se trata de uma “estratégia integrada para a promoção da alimentação saudável (…) com impacto direto na prevenção e controlo das doenças crónicas”.
Contudo, o biólogo de formação sublinha que, ao contrário desta decisão, “há medidas que interferem com a nossa liberdade individual e pessoal” e, com isso, Joaquim Jorge não concorda, como também não concorda que o “Estado seja nosso paizinho e nos diga o que podemos ou não fazer”.
E relativamente a esta questão dá como exemplo o facto de o Código de Estrada permitir multar quem conduza e fume em simultâneo se o agente da autoridade assim o entender.
“Não concordo”, frisa, acrescentando: “Odeio ter que viver numa sociedade proibicionista e com excesso de normas: não posso fazer isto, não posso fazer aquilo”.
Nesta senda, Joaquim Jorge é apologista de que existam “menos sinais de proibição e mais sinais de responsabilização e informação”, defendendo ainda que esta medida acerca da limitação da venda de produtos prejudiciais à saúde se alargue aos estabelecimentos de ensino públicos.
Antes de terminar o seu comentário enviado à redação do Notícias ao Minuto, o fundador do Clube dos Pensadores deixa claro que “naquilo que o Estado gere e coordena deve dar o exemplo, mas não deve mandar num cidadão nem do que é dele, nem em propriedade privada”.
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