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Kaká: O último 'humano' a vencer a Bola de Ouro despediu-se do futebol

Médio brasileiro diz adeus ao desporto-rei aos 35 anos. Recorde a carreira do ex-aluno de Rui Costa no Milan.

Kaká: O último 'humano' a vencer a Bola de Ouro despediu-se do futebol
Notícias ao Minuto

08:45 - 18/12/17 por Notícias Ao Minuto

Desporto Perfil

O futebol ficou neste fim de semana mais pobre. Kaká, o último brasileiro a ser eleito o melhor jogador do Mundo, anunciou a retirada aos 35 anos.

Dotado de uma capacidade técnica e inteligência acima da média, Ricardo Izecson dos Santos Leite começou a destacar-se no São Paulo.

Os bons desempenhos valeram-lhe as primeiras chamadas à canarinha pela mão de Luiz Felipe Scolari ainda em 2002, ano de Mundial.

Kaká teve uma participação modesta na campanha que culminou com a conquista do pentacampeonato - cumpriu dois jogos como suplente utilizado - mas depressa despertou a curiosidade de um gigante europeu. No verão de 2003, o Milan pagou 9 milhões de euros ao São Paulo pelo passe do brasileiro.

Kaká dispensou o habitual tempo de adaptação de um sul-americano ao futebol europeu e impôs-se rapidamente como uma das peças mais influentes do meio-campo daquele pujante AC Milan de Ancelotti, onde pontificavam nomes como Gennaro Gattuso, Seedorf, Pirlo e Rui Costa. Curiosamente, foi o médio português, indiscutível na época anterior, que havia culminado com o título europeu, a abrir espaço para o brasileiro.

“Muitas vezes Rui Costa vinha falar comigo ao intervalo para me dar conselhos, a dizer para fazer certas coisas e não outras. Explicava-me como deveria livrar-me dos adversários, a melhor forma para criar espaços. Ajudou-me muito. É verdade! Olhando para trás, era realmente uma relação aluno/professor”, confessou Kaká durante uma entrevista no ano passado.

Em seis épocas, Kaká ajudou os Rossoneri a vencer sete títulos coletivos e foi consagrado em 2007 como o melhor jogador do Mundo à frente de Cristiano Ronaldo (2.º) e Lionel Messi (3.º). Neste domingo, dia de tributos ao agora ex-futebolista, há quem diga que Kaká foi o último humano a conquistar a Bola de Ouro, numa referência ao domínio dos 'extraterrestres' Cristiano Ronaldo e Lionel Messi, iniciado em 2008 pela arte do português.

Em 2009, Kaká transferiu-se para o Real Madrid. O clube espanhol pagou ao AC Milan 65 milhões de euros em mais uma transferência milionária com a assinatura de Florentino Pérez, apostado em reeditar a política implementada no início da década com a contratação de futebolistas 'galáticos' como Luís Figo, Zinedine Zidane, Ronaldo 'Fenómeno' e David Beckham: 50 mil pessoas assistiram à apresentação de Kaká em pleno Santiago Bernabéu. Uma semana depois chegaria Cristiano Ronaldo: 80 mil no anfiteatro 'blanco' e a ilusão de um Real de regresso à pujança de outros tempos e decidido a quebrar o início do ciclo glorioso do Barça de Pep Guardiola.

Mas Kaká esteve quase sempre longe do jogador que foi em Milão. Martirizado por lesões que nunca lhe permitiram tornar-se numa figura tão venerada no Bernabéu como o fora em San Siro.

O médio brasileiro já não era o mesmo e deixou Madrid quatro anos depois de chegar. Em 2013, com 31 anos, procurou voltar a ser feliz em Milão: fez nove golos em 37 jogos, numa época 'horribilis' para o AC Milan, que fechou a Serie A num embaraçoso 8.º lugar.

Seguiu-se o regresso ao Brasil e ao São Paulo, a rampa de lançamento para o Velho Continente 11 anos antes. O fim da linha seria em casa, mas Kaká voou para a América ao fim de seis meses.

Por lá, ao serviço dos Orlando City, espalhou os últimos pós de magia.

É provável que a América tenha passado a gostar mais de futebol.

Nós, por cá, passámos.

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