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Caso Raríssimas: Vieira da Silva está “fragilizado e chamuscado”

Apesar da polémica e pressão em torno de Vieira da Silva no âmbito do caso Raríssimas, Marques Mendes considera que o ministro se deve manter em funções. No entanto, o comentador admite ter “dificuldade em entender como é que um ministro tão traquejado e tão experiente cai nesta esparrela”

Caso Raríssimas: Vieira da Silva está “fragilizado e chamuscado”
Notícias ao Minuto

22:27 - 17/12/17 por Pedro Bastos Reis

Política Marques Mendes

Luís Marques Mendes afirmou este domingo que o ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Socia, Vieira da Silva, não deverá ser afastado do Governo devido à polémica em torno do caso Raríssimas. No entanto, o comentador não poupou nas críticas àquele que, mesmo assim, considera um “dos melhores ministros deste Governo”.

No seu espaço de comentário habitual na SIC, Marques Mendes disse que Vieira da Silva está “fragilizado e chamuscado”, uma vez que deveria ter pedido uma auditoria à Raríssimas “antes do verão”.

“A inspeção que ele mandou fazer agora deveria ter mandado fazer antes do verão. Estas instituições que têm apoio do Estado devem ser bastante fiscalizadas, por maioria de razão quando há denúncias, mas por maioria de maioria quando o ministro que as ‘tutela’ já foi dirigente da instituição”, reiterou.

Nesse sentido, Marques Mendes disse ter “dificuldade em entender como é que um ministro tão traquejado e tão experiente como Vieira da Silva cai nesta esparrela”. “É caso para dizer que no melhor pano cai a nódoa”, rematou.

O antigo líder do PSD apontou ainda o dedo à presidente da Raríssimas, Paula Brito e Costa, que acusa de se ter eternizado no poder e de “deslumbramento”. “Quando acha que é dona da instituição, deslumbra-se com o dinheiro, com o Estado, com as relações políticas.... dá asneira, como aconteceu aqui".

Marques Mendes chamou ainda a atenção para o facto de “a segurança social, de um modo geral, [ser] muito exigente”, e que, por isso, este caso levanta a suspeita de “conivência política”. “Fica a sensação que aqui não foi [exigente], e é isso que cria um pouco a ideia de alguma conivência”.

Aspetos positivos e negativos, seis meses após Pedrógão 

Antes de abordar o caso Raríssimas, Marques Mendes assinalou os aspetos positivos e negativos da reconstrução de Pedrógão Grande – hoje, recorde-se, assinalam-se seis meses dos trágicos incêndios que causaram a morte de 66 pessoas.

Para o social-democrata, há quatro aspetos positivos: a solidariedade dos portugueses, a associação que representa as vítimas, a reforma da floresta e da Proteção Civil e a reconstrução das casas.

“Depois da grande tragédia que tivemos, a solidariedade que, por todo o país, se gerou. Fantástico. Segundo, a constituição da associação que representa as suas vítimas, que foi uma excelente ideia e tem sido uma ótima interlocução. Depois, sublinharia também as reformas da floresta e da Proteção Civil. Se não houvesse as tragédias que houve, estas reformas ficaram, provavelmente, mais uma vez no papel ou nas boas intenções. Finalmente, também destacaria como muito positivo o nível de reconstrução que tem sido feito, nomeadamente nas habitações”, explicou.

Do lado dos aspetos negativos, Marques Mendes realçou as “indemnizações, que ao fim de seis meses ainda não foram pagas”. O comentador destacou ainda como negativo as “responsabilidades políticas que demoraram tempo a serem assumidas e que se calhar ainda não foram por completo”, bem como as “responsabilidades criminais, em que a procissão ainda vai no adro”. Nesse sentido, diz, "acredito que o Ministério Público vai acabar por acusar o Estado e entidades de homicídio por negligência”.

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