No último verão, após um entendimento com a Sampdoria, Bruno Fernandes chegou a Alvalade. Com um percurso curioso em Itália, as expetativas cresciam em torno do jovem que, à data, tinha apenas 22 anos. Expetativas essas que foram não só correspondidas, como ultrapassadas.

Sucesso a 2500 km de distância 

Mas comecemos pelo princípio da carreira de Bruno Fernandes. Natural da Maia, foi no Infesta (2002/03), Boavista (2003/05 e 2010/11) e Pasteleira (2005/10) que deu os primeiros passos no futebol. 

Com a formação praticamente fechada, começou a despertar atenções em Itália e, na época 2012/13, foi contratado pelo Novara. 

Numa temporada, o português apontou quatro golos em 23 partidas e, no ano seguinte, estava a representar a Udinese, clube onde permaneceu durante três épocas. 

Mas este era ainda o início de percurso para Bruno Fernandes... que continuava a encantar Itália. Em 2016, mudou a morada dentro da 'Bota da Europa' e passou a vestir a camisola da Sampdoria. Orientado por Marco Giampolo, fez 1843 minutos distribuídos por 35 jogos, com cinco golos marcados.

O regresso anunciado 

O regresso a Portugal e o contrato com os leões foi um 'salto' na carreira do jogador. Com um 'meteórico' arranque nas competições portuguesas, o jovem jogador fez não só disparar os números como as 'bombas' para as balizas adversárias. 

Não há quem se esqueça dos seus primeiros 'golaços', do meio da rua, como o 2-0 diante do Tondela, para a sexta jornada do campeonato nacional. Em 23 jogos pelos leões, o atleta já soma 1781 minutos e sete golos - um registo muito próximo daquele que fez na Sampdoria, em 35 partidas. 

Sob o comando de Jorge Jesus, Bruno Fernandes tem estado 'dividido' entre duas posições: mais recuado, no meio-campo, à frente de William Carvalho; ou atrás do ponta-de-lança, neste caso Bas Dost. Nas duas posições, o rendimento do jovem de 23 anos tem sido 'exemplar'. No entanto, é de referir que, atrás do avançado holandês, consegue ser mais eficaz e desequilibrador.  

Este é o melhor registo da sua carreira e os números justificam a atenção dispensada ao 'maestro em ascensão', como era conhecido em Itália, tendo inclusivamente motivado a chamada de Fernando Santos à seleção nacional.