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Ministro da Defesa israelita pede boicote a região de maioria árabe

O ministro da Defesa israelita pediu hoje o boicote contra a região de maioria árabe de Wadi Ara, no norte do país, onde se realizaram manifestações contra a decisão dos EUA de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

Ministro da Defesa israelita pede boicote a região de maioria árabe
Notícias ao Minuto

13:07 - 10/12/17 por Lusa

Mundo Jerusalém

"Deveriam entender que não são queridos aqui, não são parte de nós", disse Avigdor Lieberman numa entrevista à rádio do exército, insistindo que os habitantes de Wadi Ara, na sua maioria palestinianos com cidadania israelita, "não têm ligações com este país".

O responsável governamental comentava as ações de protesto registadas no sábado na região, uma área da Galileia, onde centenas de pessoas se manifestaram contra a decisão do Presidente norte-americano que rompeu com décadas de consenso internacional sobre Jerusalém.

"O que está a passar-se em Wadi Ara é intolerável, por isso faço um apelo ao boicote" à região, ou seja, "não ir lá nem comprar", defendeu Avigdor Lieberman.

"Têm de entender que é impossível manifestar-se com bandeiras de Hezbollah, palestinianas e [com] fotos de Nasrallah (líder do Hezbollah)", criticou.

O ministro da Defesa também disse esperar que a situação "regresse à normalidade, sem incidentes nem violência, e tudo seja coisa do passado", referindo-se aos diversos distúrbios contra forças israelitas, nos últimos dias, principalmente em Gaza e na Cisjordânia, com alguns conflitos no este de Jerusalém, a parte ocupada por Israel e onde a polícia avisou que responderia "a todos os protestos ilegais".

As novas situações de tensão já provocaram a morte de quatro palestinianos em Gaza, dois deles em conflitos com os soldados israelitas e os outros em bombardeamentos da aviação de Israel contra posições do movimento islâmico Hamas, e mais de 400 feridos.

Desde o anúncio do Presidente dos EUA de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, têm sucedido manifestações de protesto, aumentando a tensão naquele território.

Donald Trump avançou na quarta-feira o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e prometeu transferir a embaixada do seu país de Telavive para aquela cidade.

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