Sindicatos reúnem-se com novo presidente da Altice/Meo na segunda-feira
As estruturas representativas dos trabalhadores da PT/Meo informaram hoje que se vão reunir na segunda-feira de manhã com o novo presidente executivo da Altice no país, Alexandre Fonseca, após um pedido urgente feito há duas semanas.
© Reuters
Economia Alexandre Fonseca
Em comunicado, os sete sindicatos e a Comissão de Trabalhadores indicam que o encontro servirá para discutir a "instabilidade criada no grupo [Altice] e as consequências que a mesma poderá ter na PT Portugal", e ainda para conhecer "a visão estratégica" de Alexandre Fonseca para a empresa.
Nas últimas semanas, o grupo francês Altice -- dono da Meo há dois anos -- passou de uma "euforia exagerada sobre o crescimento e desenvolvimento da companhia" a uma "grave depressão", apontam.
Em causa estão recentes "comunicações dos seus donos, nomeadamente de Patrick Drahi [fundador e principal acionista da Altice], que levaram a várias alterações dos responsáveis do grupo e das empresas que o integram, como foi o caso da PT Portugal", acrescentam estas estruturas.
Patrick Drahi, assumiu no início de novembro a presidência do Conselho de Administração, depois de o grupo ter anunciado a reorganização da administração juntamente com a demissão de Michel Combes, que era presidente executivo da Altice Holanda, diretor da Altice Holanda, diretor da Altice Estados Unidos e presidente do Conselho de Administração e presidente executivo do grupo de telecomunicações, televisão e rádio francês (SFR).
Em Portugal, Alexandre Fonseca assumiu em 21 de novembro as funções de presidente executivo da Portugal Telecom, substituindo Claudia Goya, que passou a presidente não executiva ('chairwoman') da empresa de telecomunicações da Altice em Portugal.
"A instabilidade laboral na PT Portugal está instalada há vários meses, o que obrigou as estruturas representativas a terem várias iniciativas de contestação junto do Comité Executivo, do Governo, de entidades como a Autoridade para as Condições do Trabalho e de partidos políticos para se pôr termo à situação de conflitualidade", lembram as estruturas representativas dos trabalhadores.
Por isso, exigem que a empresa proceda à "reversão da transmissão de empresa dos trabalhadores transmitidos (ao todo 155) para a Winprovit, a Tnord, a Visabeira e a Sudtel, readmitindo-os na empresa e no desempenho das funções que tinham à data da transmissão" e ainda coloquem "trabalhadores sem funções e em funções temporárias e/ou em funções desajustadas à categoria profissional/grau académico em postos de trabalho adequados e com estabilidade temporal".
"Exigimos também [...] uma série de medidas a nível da gestão de topo, ao nível organizacional, ao nível de motivação pessoal e profissional e fomentação da participação dos trabalhadores nas alterações estruturais e de recursos humanos na PT Portugal", adiantam na nota.
Para o dia da reunião com Alexandre Fonseca está também prevista uma conferência de imprensa.
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