Medina satisfeito com liderança chinesa no combate ao aquecimento global
O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, disse hoje observar com "satisfação" a liderança da China no combate global às alterações climáticas, durante a sua primeira visita ao país.
© Global Imagens
Política Ambiente
"A China quer assumir uma posição de liderança e está a fazê-lo na prática. Não tem dúvidas no caminho a seguir e isso é de uma grande importância", disse hoje Medina, que reuniu em Pequim com o seu homólogo local, Chen Jining.
Face ao recuo dos Estados Unidos no combate às alterações climáticas, que inclui a retirada do Acordo de Paris, a China tem assumido a liderança nesta matéria, parte da sua ambição em ter maior preponderância em questões globais.
O país asiático, que é o maior emissor de gases poluentes do mundo, prometeu atingir o pico nas emissões de dióxido de carbono até 2030. Nos últimos anos, tem sido de longe o maior investidor do mundo em energias renováveis, apesar de quase dois terços da sua produção energética continuarem a assentar na queima do carvão.
"É um ponto de grande importância política" afirmou o autarca português, revelando sentir "satisfação" ao ver os esforços que têm vindo a ser feitos por Pequim no combate às alterações climáticas.
"Aquilo que acontece numa cidade com 22 milhões e num país com uma população de 1.300 milhões tem um grande impacto global", nota.
Sede de um município com uma área equivalente a metade da Bélgica, Pequim tem cerca de 22 milhões de habitantes e mais de seis milhões de carros.
Apesar da diferença de escalas entre Lisboa e Pequim, Medina considera que as soluções são "semelhantes".
"Redução do impacto da circulação automóvel nas emissões de carbono, plantação de árvores e devolução do espaço público, promoção dos meios suaves de mobilidade, prioridade da eficiência energética dos edifícios e produção energética através de fontes renováveis", enumerou.
Sob a liderança do presidente Xi Jinping, a China passou a referir abertamente o seu desejo em ocupar uma posição "central" no mundo, posição materializada no gigantesco projeto de infraestruturas "Nova Rota da Seda".
Aquela iniciativa visa conectar o país às restantes nações do sudeste e centro da Ásia e aos continentes europeu e africano, através de novas ligações ferroviárias, autoestradas e uma vasta rede de portos.
"O sentido geral com que é feito, que é reforçar as condições de abertura e de ligação do mundo, é um sinal de grande importância com o qual nós partilhamos o sentido", diz Fernando Medina.
"E surge num momento em que o que temos ouvido na Europa e outros sítios do mundo são precisamente sinais contrários: fechar fronteiras, colocar barreiras, reduzir a circulação. No fundo, voltar atrás", conclui.
Na China, Medina participa ainda esta semana nas reuniões do Conselho Mundial e do Gabinete Executivo da organização CGLU (Cidades e Governos Locais Unidos).
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