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PCP critica aumento do preço dos transportes e negócios privados na saúde

O PCP criticou hoje o aumento do preço dos transportes e as "transferências de dinheiros públicos para grupos privados" na saúde, em negócios como a parceria público-privada (PPP) para a construção do novo Hospital de Lisboa Oriental.

PCP critica aumento do preço dos transportes e negócios privados na saúde
Notícias ao Minuto

17:53 - 06/12/17 por Lusa

Política Debate quinzenal

Durante o debate quinzenal, na Assembleia da República, o secretário-geral do PCP perguntou ao primeiro-ministro "para quando um verdadeiro investimento na saúde, a pensar mais nos portugueses e menos no negócio da saúde e nos défices das contas públicas".

Por outro lado, Jerónimo de Sousa disse que "o Governo veio anunciar um aumento de 2% no preço dos transportes, nos bilhetes, nos passes nas áreas metropolitanas", e considerou que assim está a retomar "um dos traços que marcaram a ação do último Governo em matéria de transportes públicos".

"Senhor primeiro-ministro, como explica o Governo este aumento do preço dos transportes? E como explica tanto atraso, tanta ausência de medidas concretas para a resolução dos problemas que atingem milhares e milhares de pessoas?", questionou.

Na resposta ao PCP, o primeiro-ministro não falou das PPP na saúde, nem do aumento do preço dos transportes, mas defendeu que o Governo tem feito "um enorme esforço para repor aquilo que foi o desinvestimento acumulado no conjunto dos serviços públicos", que já produziu resultados nestes dois setores.

António Costa afirmou que, nos transportes, "foi possível já que os STPC aumentassem 6% o número de utentes, a Transtejo e a Soflusa 4% o número de utentes, o Metropolitano de Lisboa 8% o número de utentes".

O Governo fez "um investimento de 10 milhões de euros na recuperação da frota da Transtejo e da Soflusa" e investiu um "total de 150 milhões de euros" na "aquisição de 510 novos autocarros para um conjunto de sistemas transportes em várias cidades do país", referiu.

O primeiro-ministro mencionou ainda que houve "contratação de pessoal nos STCP, e designadamente de 30 novos motoristas para o Metro, essenciais para pôr em funcionamento essas composições que têm estado paralisadas" - Jerónimo de Sousa tinha dito que "faltam medidas que ponham a circular os 30 comboios do Metro, que estão parados".

"É esse investimento, muito significativo, na ordem dos 500 milhões de euros, que será feito para poder alargar os metros de Lisboa e do Porto. É um esforço que temos de prosseguir. Como temos de prosseguir relativamente ao Serviço Nacional de Saúde (SNS)", acrescentou António Costa.

No que respeita à saúde, o primeiro-ministro declarou que, desde 2015, há "mais 5800 profissionais no SNS", o que se traduziu em mais consultas e mais cirurgias, e "mais 36 novas unidades de saúde familiar (USF)".

"E estão lançados os processos para a construção do Hospital Oriental de Lisboa, do Hospital de Évora, do Hospital do Seixal e do Hospital de Sintra. É um esforço grande de investimento que tem vindo a ser feito. Agora, como todos nós temos bem consciência, o retrocesso que tivemos, em particular nos últimos quatro anos anteriores a esta legislatura, requerem agora um esforço acrescido de contratação de pessoas, de investimento de equipamento, de investimento nas instalações. E isso, naturalmente, não se consegue fazer em dois anos ", concluiu.

Pelo contrário, o secretário-geral do PCP sustentou que "os transportes públicos estão a degradar-se" e que no SNS se verifica "o acumular de problemas laborais, a incapacidade de resolver a situação nos cuidados primários, a falta meios humanos e financeiros".

"Simultaneamente, vão sendo conhecidas decisões que levam a maiores transferências de dinheiros públicos para os grupos privados, como são o caso dos prolongamentos da PPP de Cascais por mais dois anos, do anúncio de uma nova PPP para o Hospital e Lisboa Oriental, do encerramento de seis hospitais do Centro Hospitalar de Lisboa Central, bem como da utilização da ADSE e de outros sistemas públicos de saúde como plataforma de transferência de somas avultadas para grupos privados", apontou.

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