Cristãos pedem a Trump que não altere estatuto da 'Cidade Santa'
Patriarcas e líderes das igrejas cristãs de Jerusalém pediram hoje ao Presidente dos EUA, Donald Trump, que reconsidere e não reconheça como capital de Israel a Cidade Santa, como é definida pelas três principais religiões monoteístas.
© Reuters
Mundo Jerusalém
"O nosso solene conselho e súplica para os EUA consiste em manter o reconhecimento, o atual estatuto internacional de Jerusalém. Qualquer alteração repentina pode provocar danos irreparáveis", referem, numa carta, 13 representantes religiosos, incluindo o Patriarcado latino de Jerusalém, o Custódio da Terra Santa e os patriarcas ortodoxos grego e arménio.
Na missiva, divulgada pela agência noticiosa Efe, os signatários acreditam que, "com grande apoio", palestinianos e israelitas "podem trabalhar até à negociação de uma paz justa e sustentável que beneficie todos os que aspiram que a Cidade Santa de Jerusalém cumpra o seu destino" através de um processo político.
Os dignitários religiosos também esperam que Trump "tenha em consideração" a sua perspetiva sobre a situação, semelhante à que emitiram em julho de 2000 quando decorriam as negociações de Camp David, onde também foi debatido o destino de Jerusalém.
Esta cidade, que muçulmanos, judeus e cristãos consideram sagrada, poderá ser hoje reconhecida como capital de Israel pelos Estados Unidos, o primeiro país que efetuaria esse reconhecimento internacional numa metrópole cuja parte leste permanece sob ocupação militar israelita desde 1967, e à margem de um consenso internacional sobre a definição do seu estatuto final através de um acordo de paz entre israelitas e palestinianos.
Trump poderá hoje romper com este consenso caso reconheça a cidade como capital de Israel e anuncie a transferência da embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém, apesar da condenação generalizada de organismos e líderes internacionais, incluindo o papa.
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