Trabalhadores da STCP querem melhor gestão, higiene e segurança
Os trabalhadores da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) decidiram hoje em plenário exigir à empresa que "assegure a integridade física dos motoristas", "melhores condições de higiene" e uma "melhor gestão na operação da rede".
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País Porto
A informação, divulgada pela Comissão de Trabalhadores, consta da moção aprovada no plenário de funcionários realizado esta manhã e no qual se pede ainda à administração da STCP a "salvaguarda da atividade comercial" da empresa, que está em fase de "transição da gestão" para os seis municípios onde opera (Porto, Vila Nova de Gaia, Maia, Matosinhos, Gondomar e Valongo).
"A transição da gestão da STCP para os municípios é uma nova realidade que se avizinha, existindo várias matérias que necessitam de resolução urgente pelo Conselho de Administração", refere o documento, indicando a necessidade de a empresa ter "um papel ativo no que concerne às melhorias das condições de higiene e segurança dos trabalhadores", de "assegurar a melhoria do transporte público para os utentes, gerando políticas de combate ao transporte individual e dotando a operação da rede de linhas com os recursos essenciais para a prestação de um serviço fiável e de qualidade".
Na moção, os trabalhadores exigem à STCP que "assegure a integridade física dos motoristas, implementando o mais breve possível as medidas de segurança já anunciadas pelo atual conselho de administração.
De acordo com os funcionários, impõe-se o "reforço da fiscalização, o aumento e melhoramento dos equipamentos de videovigilância" e "equipar de imediato algumas viaturas com cabines de segurança, à imagem do previsto para as novas viaturas".
O documento refere também o "policiamento de proximidade em zonas mais problemáticas e o diálogo permanente com as forças de segurança, juntas de freguesias e autarquias".
Quanto às "melhores condições de higiene e salubridade", os trabalhadores pedem a "instalação de equipamentos sanitários nos términos de linhas, a criação de salas de apoio à exploração e para os tempos de pausa e a melhoria das instalações oficinais".
Na área da gestão da operação da rede, os funcionários querem "tempos de percurso suficientes e ajustados à nova realidade da cidade", bem como "tempos e frequências que visem o cumprimento do serviço publicitado pela STCP, mitigando a pressão exercida pelos utentes e chefias".
Relativamente à "salvaguarda da atividade comercial", pedem-se "medidas efetivas que vissem garantir as zonas de exclusividade da STCP", nomeadamente que a Área Metropolitana do Porto "aplique as sanções aos operadores privados por incumprimento dos acordos estabelecidos na adesão à Rede Andante".
Os trabalhadores querem ainda que a STCP avance com "ações judiciais" junto dos "operadores privado, de forma a ser ressarcida dos milhões de euros em validações nos últimos anos".
"As Organizações Sindicais Presentes e subscritoras dos Acordos de Princípio acolheram as sugestões apresentadas no Plenário, que serão analisadas e apresentadas ao Conselho de Administração, para que possam ainda ser contempladas em documento final e posteriormente ratificado pelos seus associados pelos meios que entendam mais adequados", descreve a moção.
O documento acrescenta que os funcionários mandataram as suas organizações representativas para, no "prazo de 45 dias", apresentarem ao conselho de administração as questões elencadas, com vista a encontrar "as medidas efetivas que visem resolver de forma definitiva os referidos problemas".
Caso contrário, acrescentam, será convocado um novo plenário "com vista a decidir quais as posições concretas a tomar no sentido de satisfazer as revindicações já elencadas".
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