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Jerusalém: Reino Unido preocupado com intenção de Donald Trump

O Reino Unido está preocupado com a intenção do Presidente dos Estados Unidos de reconhecer hoje Jerusalém como a capital de Israel e a primeira-ministra britânica, Theresa May, declarou que "pretende falar com o Donald Trump sobre esta questão".

Jerusalém: Reino Unido preocupado com intenção de Donald Trump
Notícias ao Minuto

15:10 - 06/12/17 por Lusa

Mundo Polémica

A "nossa posição não mudou", disse Theresa May aos parlamentares britânicos.

Para a primeira-ministra, "o 'status' de Jerusalém deverá ser decidido numa solução negociada entre israelitas e palestinianos e Jerusalém deverá ser uma capital compartilhada".

"Estamos a observar com preocupação a informação que ouvimos", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, em Bruxelas.

"Nós acreditamos que Jerusalém deveria, é claro, fazer parte de uma solução definitiva (para o conflito) entre israelitas e palestinianos, uma solução negociada", declarou o ministro britânico à chegada de uma reunião da NATO.

Boris Johnson declarou que os britânicos não pretendem mover a sua embaixada de Telavive.

O anúncio do Presidente norte-americano, sobre a eventual transferência da embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém, será feito às 18:00 horas de Lisboa.

Trump "reconhecerá Jerusalém como a capital de Israel", disse um funcionário do Governo norte-americano, sob condição de anonimato, destacando o "reconhecimento de uma realidade" tanto histórica como contemporânea.

Esta reviravolta na política externa dos Estados Unidos tem a ver com uma promessa de campanha de Trump e vai contra uma década de medidas cautelosas dos anteriores Governos sobre esta questão.

Vários líderes, incluindo o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, e o rei saudita Salman, advertiram que a decisão poderia desencadear um surto de violência na região do Médio Oriente.

A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital de Israel, nem a anexação da parte oriental conquistada em 1967.

Israel considera a Cidade Santa a sua capital "eterna e reunificada", mas os palestinianos defendem pelo contrário que Jerusalém-leste deve ser a capital do Estado palestiniano ao qual aspiram, num dos principais diferendos que opõem as duas partes em conflito.

Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com o princípio, consagrado em resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém deve ser definido em negociações entre israelitas e palestinianos.

Uma lei norte-americana de 1995 solicitava a Washington a mudança da embaixada para Jerusalém, mas essa medida nunca foi aplicada, porque os Presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama adiaram sua implementação, a cada seis meses, com base em "interesses nacionais".

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