Infarmed no Porto? “O país precisa de falar de descentralização a sério”
Miguel Sousa Tavares sublinha os "sucessivos tiros nos pés" dados pelo Governo, de que a mudança do Infarmed para o Porto é mais um dos exemplos.
© Global Imagens
País Sousa Tavares
Depois de ter comentado a aprovação do Orçamento do Estado para 2018, Miguel Sousa Tavares, na antena da SIC, abordou a mudança do Infarmed de Lisboa para o Porto, decisão do Governo que tem gerado muita contestação.
Para o comentador, este é mais um episódio da “má fase da lua” que o Governo está a passar. “São sucessivos tiros nos pés, sucessivas coisas sem sentido, sem coerência, sem nenhum objetivo de médio prazo”, atirou.
A mudança do Infarmed para o Porto, na opinião de Miguel Sousa Tavares, “trata-se de dizer ao Porto que ‘não ganharam a sorte grande, então tomem lá a terminação’”, isto é, “um ato profundamente demagógico para compensar o Porto por não ter ganho a Agência Europeia do Medicamento (EMA) e por o Governo ter começado por lançar a candidatura de Lisboa”.
Neste sentido, o comentador mostrou-se surpreendido por o autarca Rui Moreira ter “aceitado esta esmola” e considerou que o “país precisa de falar de descentralização a sério”, e que se esta for para avançar, o Estado "vai ter de deslocar trabalhadores, e não pode estar dependente de uma espécie de votação secreta”.
“O país precisa de falar de descentralização a sério. Mas é preciso que haja um Governo, uma opinião pública, um Parlamento, que queiram pensar o país a médio e longo prazo”, rematou.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com