Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
17º
MIN 12º MÁX 17º

"Se não há dinheiro" que se faça o descongelamento "faseadamente"

O descongelamento da carreira dos professores e a contestação que tem gerado serve, esta quarta-feira, de tema para Joaquim Jorge declarar que se "não há dinheiro", então que se "rasgue o estatuto da carreira docente e outras pessoas que ensinem os filhos dos portugueses".

"Se não há dinheiro" que se faça o descongelamento "faseadamente"
Notícias ao Minuto

17:17 - 22/11/17 por Melissa Lopes

País Joaquim Jorge

O fundador do Clube dos Pensadores (CdP) comenta a situação dos professores, defendendo que o estatuto destes profissionais “tem que ser respeitado”.

Num artigo de opinião enviado ao Notícias ao Minuto, Joaquim Jorge refere, em relação às carreiras dos professores, que “se não há dinheiro” que se faça o descongelamento “faseadamente”. Ou, em alternativa,  sugere, “rasgue-se o estatuto da carreira docente e outras pessoas que ensinem os filhos dos portugueses”.

“Que culpa têm os professores de serem mais de 100 mil? Um euro de aumento são mais de 100 mil euros, já pensaram nisso?”, questiona o biólogo.

Joaquim Jorge sublinha que “não lhe interessa que as reivindicações sejam lideradas por Mário Nogueira ou por outra pessoa qualquer, do PSD, do CDS, do BE”. “Sou a favor de um ensino público de qualidade”, assinala, afirmando que, para o ensino atingir esse patamar, “tem que ter meios e pessoal docente e não docente competentes”.

Mais adiante, o fundador do CdP debruça-se sobre a dialética entre o Estado e os privados. “Um professor não pede nada ao Estado. Paga impostos como um qualquer cidadão”, nota, sublinhando “não aceitar a mentalidade de que os privados pagam aos públicos”.

Joaquim Jorge recorre ainda as declarações de Miguel Sousa Tavares, que afirmou que todos os contribuintes vão pagar aos professores, para questionar se, todos nós, de uma forma ou de outra, “não pagamos para a SIC existir”.

Mais: “A maioria dos privados toda a fugiu aos impostos”, acusa, questionando-se porquê. “Amigos meus com pequenas empresas sempre a apresentar prejuízo e sempre a comprar grandes carros. Uma vergonha! Outros recebem dinheiro por fora e tem carro da firma e prémios chorudos”, acrescenta.

Relativamente à avaliação, o biólogo entende que há professores maus e professores bons, “como em todas as profissões”.

“Há advogados muito maus, que até inflacionaram o número de processos e tiveram que devolver o dinheiro ao Estado , no tempo da ministra Paula Teixeira da Cruz”, recorda.

O fundador do CdP diz não aceitar que uma escola seja dirigida como uma empresa, com planos meritocráticos. E lamenta, nesse sentido, que a autonomia de um professor seja “nula”. “Não escolhe os manuais escolares, não escolhe os alunos, não escolhe os pais (…) Para dar notas, no conselho de turma, o professor propõe a sua nota, que pode ser alterada pelos restantes professores”.

Em suma, “tudo é questionado”e a “falta de autoridade e credibilidade” são postas em causa “por tudo e por todos”.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório