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Hábitos alimentares estão a matar-nos. "Todos devem procurar respostas"

No dia do primeiro congresso da Ordem dos Nutricionistas, a Bastonária, Alexandra Bento, destaca a importância da colaboração entre o setor da saúde e a indústria alimentar.

Hábitos alimentares estão a matar-nos. "Todos devem procurar respostas"
Notícias ao Minuto

07:40 - 22/11/17 por Notícias Ao Minuto

País Alexandra Bento

O primeiro congresso da Ordem dos Nutricionistas tem lugar esta quarta-feira no Centro Cultural de Belém. O evento vai juntar membros dos setores da saúde e alimentar com o objetivo de debater “as linhas orientadoras” para uma alimentação mais saudável.

Num artigo de opinião enviado à redação do Notícias ao Minuto, a Bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento, aborda a problemática dos maus hábitos alimentares.

“Metade das causas de doença e de morte em Portugal têm relação direta com a alimentação. Quem o diz é a própria Direção-geral da Saúde. Sabemos que a alimentação inadequada, excessivamente energética, rica em açúcar, sal e gordura saturada, tem contribuído para o aumento das doenças que mais matam na atualidade”, escreve a Bastonária, acrescentando que “os maus hábitos alimentares são, assim, responsáveis por 15% dos anos de vida saudável perdidos pelos portugueses”.

Alexandra Bento destaca ainda o impacto que estas doenças têm na economia nacional, “aumentando os custos em saúde com o significativo crescimento da despesa terapêutica, o que produz um stress financeiro adicional sobre o Serviço Nacional de Saúde, colocando em risco a sua sustentabilidade”.

Para a bastonária, torna-se imperativo que todos os agentes envolvidos tentem encontrar uma solução. “Se os nossos hábitos alimentares nos estão a matar, parece evidente que todos – Governo, setor da saúde, indústria e consumidores – se devem envolver ativamente e de forma coordenada na procura de respostas que invertam o problema”. E resolver os conflitos de interesse entre a indústria alimentar e a saúde, defende.

Neste sentido, é mandatório estabelecer um conjunto de princípios para orientar a atuação e relacionamento das entidades públicas e dos profissionais com a indústria. É importante discutir e implementar práticas que confiram transparência à cadeia alimentar. Esse é o caminho a trilhar para que se promova, de facto, uma mudança cultural na maneira de agir do setor alimentar”, refere a bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

Segundo Alexandra Bento, para isso não basta analisar os “produtos fabricados pelas empresas”, é necessário “considerar também as suas práticas e políticas, incluindo visão, missão, metas e objetivos. A prática deste escrutínio – o designado accountability - é imperativa para quem desempenha funções de responsabilidade pública”, remata.

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