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Governo "tem sido errático" na negociação com professores, acusa Cristas

A líder do CDS diz que, ao contrário do que o Governo afirma, a austeridade ainda não acabou e apela a que António Costa se sente à mesa das negociações com a função pública. Assunção Cristas disse ainda que “não é aceitável " a Esquerda "fazer oposição" ao Governo, uma vez que este é "o Governo das esquerdas unidas".

Governo "tem sido errático" na negociação com professores, acusa Cristas
Notícias ao Minuto

13:09 - 18/11/17 por Pedro Bastos Reis

Política CDS

Assunção Cristas criticou o Governo pela forma como está a conduzir as negociações com os professores, afirmando que o Executivo de António Costa “ tem sido errático, tem ido ao sabor daquilo que são as imposições e contestações que se têm feito notar”, indo assim contra as “expectativas que tem vindo a criar nos vários setores da função pública”.

Numa declaração aos jornalistas, a líder do CDS disse que o compromisso entre os sindicatos dos professores e o Governo é apenas “um principio de acordo, não um compromisso para o Orçamento do Estado” e que, por isso, é fundamental que “se sentem e conversem”.

“O Governo tem falhado na capacidade de dialogar com os vários setores. Não é caso único. Estamos agora a ouvir falar dos professores, mas já ouvimos falar nos profissionais de saúde, na segurança e na administração interna. Tem havido um discurso de que tudo está bem, de que acabou a austeridade e que agora há dinheiro tudo, mas na verdade isso não é consistente com as várias falhas que vemos nos serviços públicos e na dificuldade que o Governo tem em sentar-se à mesa com os vários setores e em, de forma consistente e sustentável, dizer aquilo que é possível fazer”, reiterou Assunção Cristas, sublinhando particularmente a ideia de que, no seu entender, a austeridade ainda não chegou ao fim.

“Esperamos que o Governo assuma que não é verdade que a austeridade tenha acabado como tem vindo a apregoar em vários setores”, disse a líder centrista depois de acusar o Governo de criar expectativas na função pública. “Perante questões concretas, percebe-se que, afinal, não é possível dar tudo a todos ao mesmo tempo. Mas, obviamente, que as pessoas têm legítimas expectativas, criadas e alimentadas pelo Governo, mesmo quando em muitos casos não são suscetíveis de serem cumpridas no curto prazo”.

Assunção Cristas lançou ainda uma farpa aos partidos da Esquerda, afirmando que o Executivo de António Costa é o “Governo das esquerdas unidas” e que, por isso, “não é aceitável vermos o Governo apresentar propostas no Parlamento e vermos, depois, o PCP e o Bloco de Esquerda a fazem oposição”.

“Há um engrossar de voz quando as coisas não vão no sentido que lhes parece melhor, mas, na verdade, do ponto de vista do resultado consequente, sério e palpável ainda não vimos nada”, rematou.

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