Alguns portos do Iémen continuam bloqueados
As Nações Unidas disseram hoje não haver "qualquer indicação" de que a coligação dirigida pelos sauditas que combate os rebeldes iemenitas esteja a levantar o bloqueio aos aeroportos e portos do Iémen como anunciou na segunda-feira.
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Mundo ONU
Jamie McGoldrick, do Departamento de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) das Nações Unidas, disse que a organização soube de um anúncio da coligação de que estava a permitir entregas em dois portos do sul do Iémen.
Considerado "útil" aceder aqueles portos, McGoldrick disse que o mais importante é o acesso aos portos controlados pelos rebeldes no Mar Vermelho, os de Salif e Hodeida, mais próximos dos grandes centros populacionais.
A coligação encerrou no passado dia 06 todas as fronteiras do Iémen em resposta a um disparo de um míssil durante o fim de semana anterior pelos rebeldes Huthis iemenitas, intercetado perto de Riade e condenado pelo Conselho de Segurança da ONU.
O secretário-geral adjunto para os Assuntos Humanitários da ONU, Mark Lowcock, também evocou perante aquele conselho o risco de acontecer "a maior fome" das últimas décadas -- com "milhões de vítimas" -- se o bloqueio de Riade não fosse levantado.
Para a ONU, o Iémen constitui a primeira das crises humanitárias mundiais, com 17 milhões de pessoas a precisarem de ajuda alimentar, das quais sete milhões arriscam a fome.
A Arábia Saudita e os seus aliados árabes intervêm no Iémen desde março de 2015 para ajudar as forças governamentais a acabar com a rebelião dos Huthis. A guerra já causou mais de 8.650 mortos.
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