Barreto Xavier "pôs a mesa e acendeu as velas" para jantar no Panteão
Despacho que autoriza jantares no Panteão Nacional foi aprovado em 2014 pelo anterior governo, liderado por Pedro Passos Coelho e que tinha Jorge Barreto Xavier como secretário de Estado da Cultura.
© Global Imagens
Política Canavilhas
Barreto Xavier e o polémico jantar no Panteão Nacional são os alvos de Gabriela Canavilhas que numa crónica escrita no Ação Socialista acusa o antigo responsável pela pasta da Cultura de ter "disparado desesperado" em todas as direções quando soube do jantar, quando em 2013 ele próprio permitiu a realização de um com 190 pessoas, neste mesmo local.
Para a socialista, o tão falado jantar no Panteão Nacional “só existiu porque Barreto Xavier abriu as portas à sua realização, pôs a mesa e acendeu as velas”. Isto porque, lembra, em 2014 assinou um despacho que a DGPC não poderia autorizar eventos que “ofendam a dignidade dos espaços”.
"Quais os jantares, almoços e cocktails que não ofendem o Panteão Nacional?", questiona.
Por esse motivo, considera tratar-se de uma "hipocrisia" Barreto Xavier ter acusado o Governo de António Costa de ter tido uma “decisão errada e lamentável” ao ter permitido que se realizasse um jantar com vários convidados do Web Summit, quando em 2013 autorizou um outro jantar com 190 pessoas.
Gabriela Canavilhas chega mesmo a acusar o antigo governante de ser “um peão dum jogo sem honra nem memória” e defende que a solução é mudar o tal despacho, proibindo qualquer jantar neste monumento e assim "reorientar a política cultural no caminho do verdadeiro serviço público e do respeito pelo nosso património".
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