Festival Literário Internacional do Interior homenageia vítimas dos fogos
A primeira edição do Festival Literário Internacional do Interior, que decorrerá em junho de 2018 em dez municípios do Centro do país, quer levar livros a sítios inesperados e prestar homenagem às vítimas dos incêndios florestais.
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Cultura Incêndios
"Este festival tem um caráter inovador, uma vez que se trata de uma realização intermunicipal que abrange dez concelhos da região afetada pelos fogos e pretende levar os livros e os escritores aos sítios mais inesperados e imprevisíveis, como fábricas, campos, praias, locais onde as pessoas trabalham e convivem", afirma, em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a escritora Ana Filomena Amaral, presidente da Arte-Via Cooperativa, promotora do evento.
O festival, intitulado FLII - Palavras de Fogo, pretende ainda celebrar os 18 anos da cooperativa cultural e os 28 anos da queda do Muro de Berlim, tem como grupo coordenador, para além de Ana Filomena Amaral e da professora Fátima Cabral, os escritores Pedro Mexia e José Luís Peixoto, e quer envolver as bibliotecas municipais e redes de bibliotecas escolares dos municípios de Pedrógão Grande, Oliveira do Hospital, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Penela, Pampilhosa da Serra, Arganil, Vila Nova de Poiares, Miranda do Corvo e Lousã, este último sede da entidade organizadora.
"Pretende envolver todos os agentes de desenvolvimento de todos os concelhos participantes, todos os talentos locais, em todas as ações a realizar em simultâneo: concursos, palestras, 'workshops', leituras, feiras do livro, espetáculos, multimédia, performances, instalações, exposições, para e com todos os públicos de todas as faixas etárias", lê-se no comunicado.
Segundo Ana Filomena Amaral, o conceito subjacente ao FLII - Palavras de Fogo é o de uma "realização sinérgica, envolvendo os recursos dos municípios integrantes do consórcio, rentabilizando e potenciando o melhor que cada um possui, num esforço conjunto de superar as adversidades e em nome da palavra regeneradora".
"Onde houver pessoas haverá livros, eles estarão nos sítios mais inusitados, à mão de quem os quiser ler, os escritores portugueses e estrangeiros irão aos locais mais surpreendentes, os livros e as palavras farão novamente renascer a cor por entre o negrume", ilustra.
O evento, que conta com o patrocínio da Presidência da República e decorre entre 15 e 19 de junho de 2018, inclui a criação de uma residência de escritores num dos dez municípios participantes, "a qual será inaugurada no decurso do festival e conta já com várias parcerias nacionais e internacionais de residências congéneres".
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