"A maioria nem sabe o que é o Panteão. Quer é dinheiro no bolso”
Joaquim Jorge não compreende a polémica em torno do jantar da Web Summit no Panteão Nacional e critica António Costa, que considera estar a arriscar que a cimeira não se realize em Lisboa no próximo ano.
© Joaquim Jorge/DR
Política Joaquim Jorge
A polémica em torno do jantar da Web Summit no Panteão Nacional instalou-se mas a reação crítica de António Costa não foi bem recebida por todos, entre os quais o fundador do Clube dos Pensadores Joaquim Jorge. Num artigo enviado à redação do Notícias ao Minuto, Joaquim Jorge diz não compreender “tanto alarido”.
“O Panteão Nacional já não é o que era depois de receber jogadores de futebol. Não me repugna nada que possa ser utilizado para eventos desta natureza, devidamente enquadrados com o prestígio histórico e cultural do espaço”, afirma.
Mostrando-se favorável à utilização de monumentos para eventos sociais, Joaquim Jorge deixa várias críticas a António Costa e à sua reação ao jantar no Panteão. “António Costa não pode reagir a reboque de críticas nas redes sociais. Ao dizer que é indigno e ofensivo esse jantar, está a criticar-se a si próprio e ao seu Governo. É um verdadeiro tiro no pé”.
O biólogo de formação destaca que o Panteão já foi alugado noutras ocasiões e estranha que só agora o primeiro-ministro tenha percebido isso. Além disso, Joaquim Jorge realça que a autorização para o evento foi autorizada pelo ministro da Cultura. “É caricato um membro do Governo aprovar este evento e vir o chefe do governo ser contra!”. Sublinha, assim, que este é mais um caso do qual António Costa “sai mal na fotografia”. “Arranjou problemas a si próprio” e arrisca que a “Web Summit para o ano não se realize em Lisboa”.
Joaquim Jorge considera ainda curioso que as culpas recaiam sempre no Governo de Passos Coelho. “Começa a ser prática deste governo socialista”, escreve.
A concluir o artigo, salienta que “a maioria dos portugueses nem sabe o que é o Panteão. Quer é dinheiro no bolso para fazer umas compras nesta época de Natal. O resto passa-lhe ao lado”.
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