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Douro com ano "fantástico" para o turismo vê a sazonalidade diminuir

O turismo cresceu em 2017 no Douro, território onde a sazonalidade está a diminuir e os visitantes chegam de barco, mas também de carro, autocaravana, comboio ou de bicicleta.

Douro com ano "fantástico" para o turismo vê a sazonalidade diminuir
Notícias ao Minuto

12:11 - 12/11/17 por Lusa

Economia HTDouro

"Está a ser um ano fantástico", afirmou à agência Lusa José António Fernandes, da Associação de Empresários de Hotelaria e Turismo do Douro (HTDouro).

O responsável referiu que se veem mais visitantes pelo Douro e que o crescimento foi notório a todos os níveis, desde a restauração ao alojamento.

"Os grupos e a procura já se diluem mais no tempo. Podemos dizer que a época baixa já não é tão grande. A sazonalidade está a diminuir notoriamente", frisou.

O verão prolongado deste ano ajudou mas, segundo José António Fernandes, a procura começa também mais cedo.

Muitos visitantes chegam ao Douro de barco, mas há cada vez mais pessoas que viajam de carro, autocaravana, comboio ou de bicicleta.

"Acho que o turismo fluvial serviu para impulsionar o outro tipo de turismo. Neste momento, tenho imensas pessoas a chegar ao museu de bicicleta", afirmou Fernando Seara, diretor do Museu do Douro, localizado no Peso da Régua.

E ali chegam, segundo acrescentou, cada vez mais estrangeiros, muitos deles provenientes de países como os Estados Unidos da América, Brasil, Austrália, Argentina, Uruguai, Bélgica, França ou Luxemburgo.

A cidade da Régua possui um parque de estacionamento para autocaravanas que, segundo o presidente da autarquia, José Manuel Gonçalves, está a ser "um sucesso" e "é cada vez mais procurado".

O parque foi construído junto ao rio Douro há cerca de três anos e os espaços disponíveis até já foram aumentados. O estacionamento é pago mas, segundo o autarca, "está regularmente cheio".

Não há muitos espaços destes na região e, de acordo com José Manuel Gonçalves, este parque "é uma referência a nível europeu para a rede do autocaravanismo". "Este é um setor com enorme potencial. Esta é uma aposta ganha para a região", frisou.

Os autocaravanistas, muitos deles franceses, alemães, espanhóis ou dinamarqueses, possuem um elevado poder de compra e efetivamente compram e consomem na cidade e daqui partem para visitar outros locais do Douro. O tempo de permanência ronda os três dias.

"De ano para ano o turismo tem aumentado no Douro", afirmou Catarina Fonseca, da empresa Novas Etapas -- Animação Turística, instalada na Régua, que vende passeios em cruzeiros diários, em jipe ou de 'tuk-tuk' e possui também uma loja onde vende vinho, azeite e compotas da região.

A responsável referiu que quem "dá movimento" são os visitantes que chegam individualmente ou em pequenos grupos, muitos deles que estão no Porto e sobem de comboio para passar um dia no vale do Douro.

"Falamos muito do turismo fluvial, nomeadamente dos barcos-hotel, mas um dos grandes problemas desse tipo de programas é que os passageiros pouco param ou pouco saem do barco para visitar a cidade", lamentou.

José António Fernandes acrescentou que o turismo fluvial "ainda pouco se reflete nos empresários locais" e sublinhou que este é "um problema" que tem que ser resolvido.

Já quem vem de carro para o Douro aproveita para fazer "muitas compras".

"Da Bélgica, França ou Luxemburgo vêm de carro e à procura do que cá temos, como o vinho. A venda à porta está a ganhar peso na região e é a que mais valor deixa aos produtores", sublinhou o diretor do Museu do Douro.

O ano turístico foi bom. No entanto, José António Fernandes ressalvou que a região ainda "não atingiu o ponto bom".

"Ainda falta fazer muita coisa a nível, por exemplo, da formação, não temos cozinheiros nem pasteleiros suficientes, e também do marketing e da promoção", sublinhou.

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