Ministério Público espanhol pede prisão para ex-membros da Generalitat
Santi Vila, que pediu a demissão um dia antes da declaração unilateral da independência, é o único antigo membro para quem o MP não pediu a prisão. Audiências aos membros do parlamento catalão foram adiadas para 9 de novembro.
© Reuters
Mundo Justiça
O Ministério Público espanhol pediu a prisão dos ex-membros da Generalitat que se apresentaram esta quinta-feira na Audiência Nacional, de acordo com o La Vanguardia. Um pedido que abrange o antigo vice-presidente do governo regional da Catalunha, Oriol Junqueras, e outros sete conselheiros.
O Ministério Público pediu prisão por ter razões para acreditar existe o risco de fuga ou de destruição de provas.
Santi Vila foi o único ex-membro da Generalitat que se apresentou hoje em tribunal a escapar a este pedido de prisão do Ministério Público. O antigo conselheiro demitiu-se do seu cargo um dia antes da declaração unilateral de independência da Catalunha e por esse motivo o MP pediu uma fiança.
Dos 14 membros do executivo regional (Generalitat) destituídos, apenas se apresentaram na Audiência Nacional esta manhã nove, tendo faltado cinco deles, incluindo o presidente, Carles Puigdemont.
O Ministério Público acusa os 14 antigos membros do executivo catalão, entre os quais Puigdemont, e seis deputados regionais, incluindo a presidente do parlamento, de delitos de rebelião, sedição e desvio de fundos, arriscando-se a penas que vão até 30 anos de prisão.
Já no que toca à presidente do parlamento catalão, Carme Forcadell, e aos restantes membros deste órgão, as suas audiências foram adiadas para a próxima semana, no dia 9 de novembro.
O presidente demitido do Governo catalão deslocou-se no início da semana à Bélgica e afirma que só regressará a Espanha quanto tiver "garantias imediatas de um tratamento justo, com separação de poderes", o que considera não ser o caso.
Se os juízes assim decidirem, os suspeitos que não se apresentarem nas audições de hoje e sexta-feira podem ser detidos pela polícia e, no caso de ausência no estrangeiro, poderá ser emitido um mandado de detenção internacional.
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