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Incêndios: "Houve um falhanço clamoroso da Proteção Civil"

Em declarações aos jornalistas, Pedro Passos Coelho defende a realização de um concurso nacional, transparente, para eleger os dirigentes da Associação Nacional da Proteção Civil, independentemente dos ciclos do Governo.

Incêndios: "Houve um falhanço clamoroso da Proteção Civil"
Notícias ao Minuto

19:05 - 20/10/17 por Notícias Ao Minuto

Política Pedro Passos Coelho

Pedro Passos Coelho deslocou-se hoje a Tondela, no distrito de Viseu, um dos mais afetados pelos incêndios da última semana. O objetivo do ainda líder social-democrata é reunir-se com os presidentes de Câmara de Tondela, Vouzela, Oliveira de Frades, Mortágua e Viseu.

Em declarações aos jornalistas, o político referiu que há duas dimensões importantes a reter no rescaldo dos incêndios que afetaram o território nacional. A primeira medida está relacionada com “o caráter urgente da ajuda humanitária e social, mas há também aspetos de natureza económica que não devem ser esquecidos”. Por isso, a resposta do Governo “tem de estar alinhada a vários níveis”.

Neste contexto, Pedro Passos Coelho recorda que “há muitas famílias e empresas que ficaram sem o seu modo de vida. Muitas delas dependem da agricultura e a dimensão da extensão afetada determina que vai demorar muito tempo até que essas pessoas possam voltar a desenvolver uma atividade sustentada”. 

Perante este cenário, “exige-se uma resposta do sistema fiscal, ao nível dos incentivos, sobretudo do Portugal 2020, que permita a criação de anúncios específicos voltados para esta realidade”.

Passos Coelho mostrou-se ainda preocupado com a desvalorização da madeira proveniente do pinheiro. Se nas áreas do “pinheiro não existir uma intervenção pública para evitar a queda do valor da madeira, o desastre será maior. A não intervenção constituiria uma perda de rendimento irrecuperável. E defendo inclusive que a coordenação deve ser feita com as autarquias”.

Para além disso, torna-se imperioso “alinhar as conclusões da Comissão Técnica Independente que o parlamento aprovou sob proposta do PSD”.

Para Pedro Passos Coelho “houve um falhanço clamoroso da Autoridade para a Proteção Civil por relação direta com a incompetência de muitos dos seus responsáveis. É obrigatório estabilizar a forma transparente de fazer a seleção e o recrutamento dos dirigentes dessa instituição, seja ao nível dos comandos nacionais seja distritais".

"Acredito que tem de haver um concurso nacional, transparente, para exercer os seus mandatos independentemente dos ciclos do Governo. A Proteção Civil existe para as necessidades do país, das pessoas e dos governos. Essa é a primeira medida importante: trazer estabilidade para que os mais competentes possam ser recrutados”, afirmou.

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