“É pena que o CDS se refugie na facilidade com que encara problemas"
Carlos César lamentou que o CDS tenha apresentado esta terça-feira uma moção de censura ao Governo a propósito dos incêndios do passado fim de semana que vitimaram até agora 41 pessoas.
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Política Carlos César
Não é uma iniciativa que envolva especial originalidade do ponto de vista do seu conteúdo, é sim diferente do ponto de vista da sua forma”, começou por comentar Carlos César, para quem o CDS tem “pautado o seu comportamento, desde que passou a oposição”, pela forma como age “face a qualquer dificuldade e acontecimento de natureza negativa”.
“O seu entendimento é isso [que os problemas] se resolvem ora com a demissão de um ministro ora com a demissão do Governo, agora através da apresentação de uma moção de censura”, prosseguiu o líder parlamentar, destacando que o fundamental agora é “resolver problemas e não adicionar mais problemas”.
Mais, acrescentou Carlos César. “O que é preciso no nosso país é estabilidade e partidos construtivos que saibam responder ao desafio com que nos confrontamos de tão grande dramatismo e tão grande necessidade de pormos termo a um ciclo de incapacidade que a administração em Portugal tem relevado”.
Admitindo que o que aconteceu agora é “resultado de uma inércia ao longo de muitas décadas”, o socialista sublinhou que é essencial “refletirmos de modo construtivo”.
“A realização do Conselho de Ministros, no sábado, é a forma de o fazer”.
Carlos César acredita que o Governo saiba responder aos “problemas estruturais com medidas de médio e longo prazo, mas também aos problemas com que nos confrontamos agora”. E deu um exemplo concreto: “Se há uma lei que determina que deve haver uma faixa de proteção na estrada, é impossível que a administração, prossiga ignorando infrações.
Por isso, frisou, “é preciso agir com determinação com eficiência e é o que esperamos do próximo conselho de ministros”.
“O que é pena é que o CDS se refugie na facilidade com que parece encarar todos os problemas. Se o problema fosse só esse, resolvia-se com facilidade. O CDS pode ser muito hábil no jogo político de chamar a atenção da com social com medidas espetaculares, e pode até ganhar ao campeonato da oposiçlão ao PSD mas o que não ganha é a confiança dos portugueses”, finalizou.
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