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Cruz Vermelha envia centro de tratamento de peste para Madagáscar

A Federação Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho anunciaram hoje que vão enviar pela primeira vez um centro de tratamento de peste para Madagáscar, após a morte de 57 pessoas com a doença no país.

Cruz Vermelha envia centro de tratamento de peste para Madagáscar
Notícias ao Minuto

12:11 - 13/10/17 por Lusa

Mundo Processos

Cerca de 550 casos de peste foram reportados até agora em Madagáscar, diz um comunicado hoje divulgado.

Fontes da Cruz Vermelha dizem que a situação é particularmente preocupante porque a peste pneumónica, que é transmissível entre humanos, ocorreu pela primeira vez em zonas não endémicas e em cidades muito populosas daquela ilha.

A peste bubónica é uma modalidade da doença em que a bactéria afeta o sistema linfático, com surtos anuais regulares em Madagáscar.

Em alguns casos, do sistema linfático a bactéria passa ao pulmonar, permitindo a transmissão entre humanos -- algo que não ocorre na bubónica -, através da tosse ou saliva.

A versão pulmonar, provocada pela bactéria 'Yersinia pestis', é mais perigosa e mais difícil de tratar do que a linfática e pode ser mortal em 24 horas se não for tratada a tempo com antibióticos.

Cerca de 70% dos casos registados no atual surto em Madagáscar são da forma pneumónica.

Segundo o comunicado da Cruz Vermelha, o centro de tratamento incluirá 50 camas e uma equipa médica com capacidade para isolar doentes, o que permitirá "reforçar significativamente" a resposta ao surto.

As autoridades das Seicheles anunciaram esta semana que um homem foi diagnosticado com peste pneumónica após regressar de Madagáscar.

A Direção-Geral da Saúde de Portugal aconselhou na quinta-feira quem pretende viajar para Madagáscar a marcar antes uma consulta de medicina do viajante, usar sempre repelente quando chegar ao destino e evitar contacto com animais por causa da peste.

Segundo a OMS, a peste reaparece todos os anos em Madagáscar, entre setembro e abril, mas este ano afeta as áreas urbanas do país desde agosto, contrariamente às epidemias anteriores.

A epidemia deste ano gerou uma onda de pânico entre a população, especialmente na capital.

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