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"Não há crime algum", garante defesa de Sócrates

João Araújo e Pedro Delille, advogados de José Sócrates, reagiram esta noite de quarta-feira à divulgação do despacho final da Operação Marquês.

"Não há crime algum", garante defesa de Sócrates
Notícias ao Minuto

20:47 - 11/10/17 por Anabela de Sousa Dantas

País Operação Marquês

"Não há crime algum, não se praticou crime algum. O nosso cliente não tem qualquer responsabilidade em qualquer comportamento ilícito, todos os comportamentos foram investigados, nomeadamente aqueles que justificaram a prisão, que nem sequer estão na acusação", afirmou Pedro Delille durante a conferência de imprensa, quando questionado sobre os 31 crimes imputados pelo Ministério Público ao engenheiro José Sócrates.

Delille fez-se acompanhar de João Araújo, que fez as declarações iniciais. Araújo ressalvou que, "pela sua extensão", ainda não foi possível analisar o despacho final "em todos os seus aspetos" mas trouxe já algumas conclusões.

Focando-se nos crimes de corrupção que são imputados, os causídicos sublinham que "os insubsistentes factos, chamados indícios, que serviram para criar este processo e que serviram para manter a prisão do engenheiro José Sócrates serviram para isso e mas não serviram para o acusar". "A prisão serviu apenas para investigar", concluiu.

Quando questionado sobre os mais de 30 milhões de euros que José Sócrates terá, alegadamente, recebido em luvas, João Araújo diz que é "uma opinião" e remete explicações para quem deduziu essa acusação - o Ministério Público.

João Araújo descreveu este despacho como "uma fuga para a frente", que está "vazia de factos e de provas, oca". "Este é paradoxalmente um bom momento porque a partir de hoje fica fixada a versão do Ministério Público que não poderá mais ir ajustando a sua narrativa", acrescentou, avisando que "deste amontoado de papel não restará folha sobre folha".

Recorde-se que, no documento de 4 mil páginas hoje anunciado, José Sócrates está acusado de um total de 31 crimes: três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 crimes de branqueamento de capitais, nove crimes de falsificação de documento e três crimes de fraude fiscal qualificada.

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