Meteorologia

  • 29 MARçO 2024
Tempo
12º
MIN 8º MÁX 15º

Bienal Experimentadesign despede-se com ponte entre passado o futuro

A última edição da Bienal Experimentadesign (EXD´17), que decorre no sábado, em Lisboa, vai despedir-se fazendo uma "ligação fundamental entre o passado e o futuro", afirmou hoje à agência Lusa Guta Moura Guedes, que preside à organização.

Bienal Experimentadesign despede-se com ponte entre passado o futuro
Notícias ao Minuto

18:42 - 28/09/17 por Lusa

Cultura Diretores

A edição de encerramento inclui um conjunto de conferências no Centro Cultural de Belém, o lançamento do livro 'Experimentadesign 1999-2017', a exposição 'Drawing in Stone', e o espetáculo audiovisual "Inside", no Museu Nacional dos Coches.

"Vamos integrar tudo o que fizemos no passado, o conhecimento acumulado, e trazê-lo para o futuro", disse a responsável, contactada pela Lusa.

O objetivo, segundo a presidente da Experimentadesign, é fazer uma ponte para o futuro sobretudo com a programação da noite, quando serão mostradas algumas áreas de interesse para a entidade, que é o caso da ligação entre o design, inovação, indústria e novas tecnologias.

Para Guta Moura Guedes, a Experimentadesign "teve, ao longo de 18 anos, um papel determinante no desenvolvimento do design em Portugal".

"Em 1998 sabia-se e falava-se muito pouco desta disciplina em Portugal e em 2017 já é uma disciplina corrente. A evolução não foi só devido à Bienal, mas trouxe, ao longo de 18 anos, 1.800 participantes que produziram projetos, foi visitada por mais de um milhão de pessoas, contaminadas pelos seus conteúdos, envolvendo 51 países, e tornou Lisboa uma plataforma completamente internacional", sustentou.

Questionada sobre quais os caminhos que a entidade vai percorrer no futuro, a responsável disse que "estão muitas coisas em curso", que anunciará só no final deste ano, ou no início de 2018, mas "vai ser mantida a ação centrada na área do design, a vocação educacional, vincar a ligação às empresas, inovação e novas tecnologias".

Para Guta Moura Guedes, há ainda muito a fazer, porque o design "é uma disciplina em evolução, cujas fronteiras ainda não estão bem definidas".

"No início, havia apenas o design de produto e comunicação, e agora fala-se em design estratégico, ´thinking´, software, digital, de serviços, e está muito presente na vida de muitas pessoas", salientou.

Sobre a necessidade da criatividade nos dias de hoje, Guta Moura Guedes disse que "sem ela não se consegue inovar", e "o design é uma ferramenta de grande utilidade".

"Esse é um dos nossos desejos: que as pessoas percebam a utilidade do design e as competências que pode ter", vincou.

O ciclo da Bienal EXD´17 termina com o título "Before & Beyond", e as conferências - com os 1.200 bilhetes já esgotados - vão decorrer no Grande Auditório do CCB, entre as 11:00 e as 19:00 de sábado, com sete conferencistas convidados: Alice Rawsthorn, Arjun Appadurai, Eduardo Souto de Moura, Miguel Nicolelis, Philippe Starck, Stefan Sagmeister e Tyler Brûlé.

À noite, o programa da Bienal EXD decorre entre as 22:30 e a meia-noite, no Museu Nacional dos Coches, com o lançamento do livro que revisita as edições passadas da bienal e os seus momentos mais importantes.

Este livro bilingue (em português e inglês), com mais de 400 páginas, apresenta "uma análise visual e transversal deste motor de desenvolvimento cultural e criativo, que incutiu uma nova dinâmica à cultura de projeto contemporânea internacional, a partir de Lisboa, em particular, mas também de outras cidades".

Na galeria superior do museu, é inaugurada a exposição "Drawing in Stone", que apresenta uma primeira visão de conjunto sobre o trabalho que 23 autores desenvolveram no âmbito do programa experimental e de pesquisa "Primeira Pedra", com 19 tipos de pedra portuguesa.

Às 23:30, na praça do Museu Nacional dos Coches, decorrerá o último momento do encerramento da bienal, com a performance de ´videomapping´ e ´sound design´, intitulada "Inside".

Esta obra audiovisual de cerca de 10 minutos que vai ocupar 1.024 metros quadrados da fachada do museu, usa um sistema tecnológico que cria um dispositivo narrativo imersivo e sensorial, com elementos visuais em tempo real, desenho de som multicanal e luz sincronizada.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório