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Guterres "preocupado" com consequências do referendo no Curdistão

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, "está preocupado com as consequências potencialmente desestabilizadoras do referendo" realizado hoje no Curdistão iraquiano, declarou o seu porta-voz, Stéphane Dujarric.

Guterres "preocupado" com consequências do referendo no Curdistão
Notícias ao Minuto

20:19 - 25/09/17 por Lusa

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Guterres "respeita a soberania, a integridade territorial e a unidade do Iraque e considera que todas as questões entre o governo federal e o governo regional do Curdistão devem ser resolvidas através do diálogo e de compromissos construtivos", adiantou numa nota.

A realização de um referendo sobre a independência promovida pelas autoridades do Curdistão iraquiano -- região com uma vasta autonomia -- foi criticada por Bagdade e pelos países da região, exceto Israel, alguns dos quais prometeram represálias.

O Presidente curdo, Massud Barzani, indicou que uma vitória do "sim" não será seguida imediatamente de uma declaração de independência, mas marcará o início de "discussões sérias" com o poder central.

O parlamento iraquiano já votou uma resolução exigindo o envio do Exército para as zonas disputadas sob controlo das forças curdas.

Pelo menos 5,3 milhões de curdos foram hoje chamados às urnas, declarando Barzani que não tinha outra alternativa, além do referendo, para garantir a salvaguarda dos direitos dos curdos do Iraque, que representam cerca de 20% de uma população de 37 milhões e que têm enfrentado décadas de repressão.

A região do Curdistão só adquiriu o estatuto de autonomia 'de facto' após a primeira Guerra do Golfo, em 1991, e a oficial após a segunda Guerra do Golfo, em 2003.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, afirmou no domingo que o Iraque irá tomar "as medidas necessárias" para preservar a unidade do país.

"Tomar uma decisão unilateral que afeta a unidade do Iraque e a sua segurança, bem como a segurança da região, com um referendo de separação é contra a Constituição e a paz civil", disse o chefe do governo iraquiano durante um discurso transmitido pela televisão.

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