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PSD está "unido, calmo e em uníssono", após eleições virá a "confusão"

O fundador do Clube dos Pensadores falou sobre o PSD e sobre o que se poderá passar após as eleições.

PSD está "unido, calmo e em uníssono", após eleições virá a "confusão"
Notícias ao Minuto

15:26 - 25/09/17 por Inês André de Figueiredo

Política Joaquim Jorge

Joaquim Jorge fez uma previsão do que serão as próximas eleições autárquicas, no dia 1 de outubro, deixando algumas dúvidas no ar.

Num artigo de opinião enviado ao Notícias ao Minuto, o fundador do Clube do Pensador começou por frisar que “o PSD vai perder, falta saber por quantos e se vai continuar a ser um grande partido. Se supera a fasquia dos 20%”. “Espero bem que sim. A democracia precisa de uma oposição forte”, ressalvou.

Em Lisboa, o biólogo pretende perceber se “Assunção Cristas fica ou não à frente da Teresa Leal Coelho.”

Sobre Passos Coelho, o PSD e a liderança, Joaquim Jorge teceu alguns comentários. Primeiro, garante que “conforme o resultado de 1 de outubro”, Rui Rio decidirá ou não avançar para líder do PSD.

Na opinião do biólogo, “Pedro Passos Coelho não conduziu bem o dossier autárquicas”, enumerando autarquias como Lisboa, Porto, Matosinhos e Leiria.

Frisando que o líder está “refém do aparelho do partido e quem anda à sua volta é quem lhe quer o lugar”, Joaquim Jorge frisa que Passos “tem todo o direito de querer ser o candidato do PSD a primeiro-ministro nas eleições legislativas em 2019, independentemente do resultado autárquico. Mas vai ter oposição interna”.

“Pedro Passos Coelho caminha com parcimónia e equilibrismo sobre arame farpado. Arame da interminável e mutante situação de alguém que é líder da oposição e venceu as eleições”, acrescentou.

Porém, o fundador do Clube dos Pensadores crê que o PSD irá estar “unido, calmo e em uníssono” até ao dia 1 de outubro, e que depois virá “o desconcerto, a confusão e a contagem de espingardas serão inelutáveis”.

Neste momento, Joaquim Jorge acredita que com a volta de Pedro Passos Coelho pelo país, o líder “está a tentar assegurar o seu lugar”. “As eleições autárquicas contam pouco para ele. O pior é de quem vai perder os seus lugares ou aspira a lugares”, ressalvou.

“O PSD é uma tentação para quem quer continuar (Passos Coelho) e para quem quer o seu lugar (Rui Rio, Santana Lopes, Luís Montenegro). O PSD tem que mudar de vida e de guião, de outro modo, não vai lá”, acredita.

“Ignorar o que se está a passar no PSD em surdina é um erro. O PSD é um partido expectante à espera do amanhã”, conclui, acrescentando que existe uma “paisagem partidária tradicional”.

“Reconhecer que o PSD fez muito pelo país é justíssimo, mas precisa de reciclar-se para apresentar-se com a voz mais fresca da política nacional”, frisou.

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