Brexit: Moody's desce 'rating' do Reino Unido
A agência de notação financeira Moody's desceu o 'rating' do Reino Unido, apresentando como razões a saída da União Europeia ('Brexit'), uma economia em dificuldades e a enfraquecida posição política da primeira-ministra, Theresa May.
© Reuters
Economia Notação financeira
A agência de notação financeira desceu o 'rating' do Reino Unido em um nível, para Aa2, o terceiro melhor na escala de recomendação de investimento, seguindo o exemplo das outras duas grandes agências de 'rating', que desceram a avaliação do risco da dívida soberana pouco depois do referendo sobre a saída do Reino Unido, em 2016.
Este é, no entanto, o primeiro corte desde as eleições deste ano, nas quais Theresa May perdeu a maioria parlamentar e ficou obrigada a fazer compromissos orçamentais com os outros partidos, nota a agência de informação financeira Bloomberg.
"A Moody's já não está confiante de que o Governo do Reino Unido vai conseguir um acordo de comércio livre com a União Europeia que assegure que as consequências negativas do 'Brexit' sejam substancialmente mitigadas", escrevem os analistas na nota que acompanhou a decisão da agência, na sexta-feira ao final do dia.
A Moody's espera um enfraquecimento das finanças públicas, em parte devido ao crescimento económico estar a abrandar, mas que reflete também "as crescentes pressões políticas e sociais para aumentar a despesa depois de sete anos de cortes orçamentais".
"O 'Brexit' é um empreendimento extremamente complexo e vai dominar o processo de decisão política nos próximos anos", disse a analista que segue o Reino Unido, vincando que "é difícil imaginar o Governo a conseguir focar-se em qualquer outra coisa".
Na resposta à análise da Moody's, o Governo de May disse que o relatório estava desatualizado face ao discurso que a primeira-ministra proferiu na sexta-feira à tarde, em Florença.
Nele, segundo o Governo, May apresentou uma "visão ambiciosa" para o país e para o processo de saída da União Europeia, o que mostra que o executivo "não está complacente com os desafios no futuro, mas sim otimista".
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