Coreia do Norte ameaça lançar bomba de hidrogénio no Pacífico
O ministro dos Negócios Estrangeiros norte-coreano disse hoje que o seu país poderá lançar, como forma de teste, uma bomba nuclear de hidrogénio para o oceano Pacífico, como parte da "resposta ao mais alto nível" contra os EUA.
© Lusa
Mundo Tensão
"Poderá tratar-se da mais poderosa das detonações de uma bomba H no Pacífico", disse Ri Yong-ho aos órgãos de comunicação sul-coreanos no hotel em Nova Iorque, onde se encontra para assistir à 72.ª Assembleia Geral da ONU.
Ri, que já comentara, quinta-feira, que Trump parecia "um cão a ladrar", respondia assim a uma questão sobre a mensagem do líder Kim Jong-un que, em declarações recolhidas pouco antes pelos 'media' norte-coreana, advertiu o Presidente dos Estados Unidos de que iria pagar muito caro pelo seu "excêntrico" discurso perante a ONU, no qual ameaçou destruir totalmente a Coreia do Norte.
Kim Jong-un sublinhara que Donald Trump está "mentalmente perturbado", garantindo que irá "domesticar com fogo o velho norte-americano".
Trump, por seu turno, defendera na terça-feira que a única solução será "destruir totalmente" a Coreia do Norte caso o regime de Piongyang continue a ameaçar os Estados Unidos e os seus aliados.
"É altura de a Coreia do Norte perceber que a sua desnuclearização é o único futuro aceitável", advertiu Trump, na sua primeira intervenção perante a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na sede da organização, em Nova Iorque.
O chefe de Estado norte-americano insistiu que os testes nucleares e de mísseis balísticos da Coreia do Norte "ameaçam o mundo inteiro", pedindo unidade para isolar o regime liderado por Kim Jong-un, sobre quem Trump disse ter embarcado numa "missão-suicida".
"Se [os Estados Unidos] forem forçados a defender-se e aos seus aliados, não teremos qualquer escolha senão destruir a Coreia do Norte", afirmou.
Trump agradeceu à China e à Rússia por terem aprovado as novas sanções à Coreia do Norte no Conselho de Segurança da ONU, depois de um novo ensaio nuclear, a 3 de setembro, mas avisou que há que fazer "muito mais" para responder às ameaças de Pyongyang.
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