Adolfo, o menino que nasceu na rua durante sismo. "Parto milagroso"
Agentes da polícia improvisaram um resguardo com lençóis e os médicos utilizaram as ferramentas de que dispunham, mas Adolfo nasceu com saúde.
© El País
Mundo México
Na passada terça-feira, a Cidade do México foi assolada por um terramoto que resultou em cerca de 245 mortos e mais de dois mil feridos, de acordo com o último balanço. As buscas por sobreviventes mantêm o país em suspenso, estando as famílias agarradas à esperança de encontrar um ente querido com vida.
Há também histórias que, no meio do caos, criam algum alento, como o exemplo de Jessica Mendoza, uma mãe mexicana que tinha já seis centímetros de dilatação quando se iniciou o sismo de magnitude 7,1 na escala de Richter.
A mulher estava na sala de parto do hospital Sanatorio Durango e foi rapidamente retirada do edifício pela equipa médica, com a ajuda do marido, Amado Ortiz, conforme relata o El País. Levaram-na para a rua e foi ali mesmo que deu à luz. “Apesar de tudo o que acontecia à minha volta, continuei com o parto. Alheei-me por completo, não ouvia nada”, indicou Jessica à mesma publicação.
Com a ajuda de agentes da polícia foi criado uma espécie de quarto com lençóis e o parto prosseguiu, demorando cerca de meia hora. Sem anestesia e sem cesariana, foram apenas usadas ligas, luvas e um aparelho para medir a frequência cardíaca. A mãe diz que foi um “parto milagroso”.
“O mundo estava a desabar e ele veio salvar o nosso. É a maior mensagem de amor e um exemplo de força e valentia perante a vida”, afirmou o pai. A mãe, emocionada, sublinha: “Dentro da grande tragédia que vivemos na Cidade do México, foi muito bonito. Se Adolfo Iñaki sobreviveu a esta terramoto logo quando nascia, vai superar tudo na vida”.
Terminado o terramoto e asseguradas as condições de segurança, Jessica foi levada de volta para o quarto de hospital.
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