Dormir em beliches e dividir casa: A vida dos bancários de Hong Kong
As consequências de viver numa das cidades mais caras do mundo não escapam a quase ninguém. Quem seria rico noutros locais tem uma vida doméstica que faz lembrar os tempos de universidade.
© Reuters
Economia Insólito
Hong Kong não é uma cidade tão cara como Singapura, mas no que toca ao preço das rendas, nenhuma outra cidade consegue rivalizar com o pequeno território autónomo. A elevadíssima concentração populacional e a falta de oferta de habitação juntam-se ao custo de vida elevado para criar um cocktail tóxico, responsável por rendas absolutamente inacreditáveis.
A dificuldade de arranjar casa é particularmente granda para os jovens, que estão a ver-se obrigados a procurar alternativas incomuns. Como explica a Bloomberg, um antigo complexo de apartamentos de luxo que foi reconvertido em habitação partilhada está a gerar muito interesse, apesar das características.
Bancários, gestores de marketing, trabalhadores dos mercados financeiros e jovens em início de vida profissional estão entre os 400 candidatos a viver no complexo Mini Ocean Park Station, criado graças à divisão de 18 antigas habitações luxuosas em 270 espaços individuais com cerca de 8 a 10 metros quadrados. Cada área tem pouco mais do que um beliche e uma mesa de cabeceira e custa aos interessados 910 euros por mês, com direito a acesso às casas de banho, máquinas de venda de snacks, sala de estar e lavandarias, instaladas em áreas comuns no piso térreo.
Na zona de Kowloon, um prédio com cerca de 50 anos foi também renovado e tem dormitórios partilhados por 10 pessoas, com cerca de 37 metros quadrados. Neste edifício existem também casas de banho, cozinhas e salas de estar partilhadas, e os preços ficam entre os 375 e os 590 euros por uma cama.
Quando pensar que as rendas em Lisboa ou no Porto estão caras, olhe para o caso de Hong Kong e ficará certamente mais animado.
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