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'Histórias de adormecer para raparigas rebeldes' é editado em Portugal

A pintora Frida Kahlo, a zoóloga Jane Goodall e a cientista Marie Curie são algumas das '100 mulheres heróicas' retratadas no livro 'Histórias de adormecer para raparigas rebeldes', editado este mês em Portugal.

'Histórias de adormecer para raparigas rebeldes' é editado em Portugal
Notícias ao Minuto

11:16 - 18/09/17 por Lusa

Cultura Livros

Escrito pelas autoras italianas Elena Favilli e Francesca Cavallo, o livro reúne uma centena de pequenas biografias de outras tantas mulheres que "foram constantemente menosprezadas, esquecidas e, nalguns casos, quase apagadas da história", como se lê no prefácio da edição portuguesa.

Cada pequena história - muitas das biografias começam por "Era uma vez..." - é acompanhada de um retrato ilustrado, criado por 60 ilustradoras, incluindo a portuguesa Helena Morais Soares, que desenhou a ativista sul-africana Miriam Makeba e a artista mexicana Frida Kahlo.

O livro foi publicado originalmente em 2016 e começou por ser um projeto que aquelas duas autoras divulgaram na Internet numa plataforma de angariação de fundos, na qual pediam cerca de 40.000 dólares para uma tiragem de mil exemplares.

Acabaram por reunir um milhão de dólares de apoio financeiro de anónimos e bateram o recorde de 'crowdfunding' para um livro para a infância e juventude.

Apesar de se dirigirem diretamente a raparigas, as autoras esclarecem que o livro é para todos, independentemente do género ou da rebeldia, e que "não é um relato enciclopédico dos feitos e acontecimentos" das vidas das mulheres escolhidas.

Organizadas por ordem alfabética, as biografias cruzam nomes mais conhecidos da cultura, da política ou da ciência, como a cientista Marie Curie, a escritora Virginia Woolf e a advogada Michelle Obama, ex-primeira dama dos Estados Unidos.

Consoante os leitores, haverá ainda nomes da descobrir como a surfista brasileira Maya Gabeira, que surfou ondas da Austrália e Portugal, e a sufragista Kate Sheppard, que fez da Nova Zelândia o primeiro país do mundo onde as mulheres conquistaram o direito de voto.

A lista integra ainda a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, a mais jovem a ser distinguida com o Nobel da Paz, e a criança norte-americana Coy, que nasceu rapaz, mas queria ser tratada como uma rapariga. Um juiz decretou que Coy podia usar a casa de banho que quisesse, independentemente do género.

Das 100 mulheres escolhidas, sobressai a política birmanesa Aung San Suu Kyi que "ganhou o Nobel da Paz e inspirou milhões de pessoas no seu país e em todo o mundo" e que tem sido fortemente criticada por defender a atuação do exército e a violência contra a minoria rohingya na Birmânia.

Numa altura em que este livro sai em Portugal, Elena Favilli e Francesca Cavallo preparam, para novembro, a edição de um segundo volume que inclui, entre outras, as biografias da escritora Mary Shelley, da ativista Sophie Scholl e da cantora Beyoncé.

Antes de terem editado "Histórias de adormecer para raparigas rebeldes", Elena Favilli e Francesca Cavallo fundaram a Timbuktu Magazine, considerada a primeira revista digital para crianças, para leitura em 'tablet'.

Em Portugal, "Histórias de adormecer para raparigas rebeldes" é editado pela Nuvem de Tinta, chancela do grupo editorial Penguin Random House.

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