"António Costa e o PS viraram-me as costas após a detenção"
José Sócrates mostra-se triste com a forma como o Partido Socialista lidou com a polémica em que se viu envolvido com a Operação Marquês.
© Global Imagens
País José Sócrates
José Socrates concedeu uma entrevista à publicação espanhola La Voz de Galicia, onde se diz desiludido com a política em Portugal.
O ex-primeiro-ministro diz ser "uma vítima de uma conspiração política e judicial sem precedentes em Portugal" e deixa criticas ao 'ex'-amigo António Costa.
Questionado sobre a sua relação com o atual líder do partido, Sócrates diz que esta é "inexistente".
"A nossa relação sempre foi muito boa. Escolhi-o para ministro e meu sucessor natural. Apoiei-o na sua candidatura à Câmara de Lisboa e depois para ser secretário-geral do partido. Tudo acabou quando fui detido e tanto ele como o partido me viraram as costas", atira, elogiando por outro lado a batalha que Mário Soares liderou em sua defesa, antes de morrer.
O socialista diz-se "inocente" e compara o seu caso com o de Lula da Silva, embora no caso do político brasileiro este "esteja a ser apoiado pelo seu partido e eu não". Sócrates explica ainda porque acusa Carlos Alexandre de ser parcial, defendendo que este "construiu uma teoria, sem provas" contra si e admite que só irá recorrer ao Tribunal Europeu se esgotar todas as opções internas. Para isso conta com dois advogados em quem muito confia.
"Estou nas mãos dos melhores. Tanto o João Araújo como o Pedro Delille estão a lutar muito em minha defesa", refere.
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