Mais de 700 autarcas pró-independência reuniram-se hoje em Barcelona
Mais de 700 autarcas da Catalunha reuniram-se hoje em Barcelona para demonstrar união pela realização do referendo independentista, convocado para 01 de outubro, mas suspenso pelo Tribunal Constitucional de Espanha.
© Reuters
Mundo Espanha
"Não seremos intimidados. Isto não é sobre independência, é sobre os nossos direitos", afirmou hoje a presidente da câmara municipal da capital catalã, Ada Colau, na praça Sant Jaume, em Barcelona, acompanhada do presidente do executivo catalão (Generalitat), Carles Puigdemont, e de cerca de 700 autarcas catalães.
Na concentração de hoje, Carles Puigdemont lamentou o "comportamento antidemocrático" do Estado espanhol e sublinhou que a 01 de outubro os catalães vão às urnas votar sobre o referendo pela independência. "Não só porque temos esse direito e é legal, mas também porque ouvimos o povo da Catalunha que quer votar", exclamou.
De acordo com o partido PDRECat, pró-independência, a polícia espanhola apreendeu hoje mais material de campanha destinado a promover a realização do referendo. Na sexta-feira foram confiscados cerca de cem mil cartazes.
Perante mais uma demonstração de força dos independentistas, o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, apelou aos dirigentes políticos catalães que reflitam e regressem "à racionalidade e à legalidade".
O conflito entre Madrid a Catalunha, a região mais rica de Espanha, com uma língua e cultura próprias, cerca de 7,5 milhões de habitantes e um PIB superior ao de Portugal, arrasta-se há várias décadas.
Os partidos separatistas têm uma maioria de deputados no parlamento regional da Catalunha desde setembro de 2015, o que lhes deu a força necessária, em 2016, para declararem que iriam organizar este ano um referendo sobre a independência, mesmo sem o acordo de Madrid.
Os independentistas defendem que cabe apenas aos catalães a decisão sobre a permanência da região em Espanha, enquanto Madrid se apoia na Constituição do país para insistir que a decisão sobre uma eventual divisão do país tem de ser tomada pela totalidade dos espanhóis.
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